PSDB recua e golpismo de Aécio sobe no telhado

Depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse nos últimos dias que a movimentação pelo impeachment é precipitada e que o tema não é uma prioridade dentro do partido, os senadores José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR) negaram fazer parte da campanha que Aécio Neves (MG) quer protagonizar contra a presidente Dilma Rousseff; Serra chegou a dizer: "Não faria desse jeito. Precisa ter fato. O fato ainda não aconteceu. Não teve o Fiat Elba"; ontem, os tucanos se reuniram com o jurista Miguel Reale Jr., que também foi reticente; charge de Caruso publicada ontem no Globo mostra o impeachment como um brinquedo nas mãos de Aécio; colunista Jânio de Freitas vê isolamento e até ameaça à escolha do tucano para disputar a presidência em 2018

Depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse nos últimos dias que a movimentação pelo impeachment é precipitada e que o tema não é uma prioridade dentro do partido, os senadores José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR) negaram fazer parte da campanha que Aécio Neves (MG) quer protagonizar contra a presidente Dilma Rousseff; Serra chegou a dizer: "Não faria desse jeito. Precisa ter fato. O fato ainda não aconteceu. Não teve o Fiat Elba"; ontem, os tucanos se reuniram com o jurista Miguel Reale Jr., que também foi reticente; charge de Caruso publicada ontem no Globo mostra o impeachment como um brinquedo nas mãos de Aécio; colunista Jânio de Freitas vê isolamento e até ameaça à escolha do tucano para disputar a presidência em 2018
Depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse nos últimos dias que a movimentação pelo impeachment é precipitada e que o tema não é uma prioridade dentro do partido, os senadores José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR) negaram fazer parte da campanha que Aécio Neves (MG) quer protagonizar contra a presidente Dilma Rousseff; Serra chegou a dizer: "Não faria desse jeito. Precisa ter fato. O fato ainda não aconteceu. Não teve o Fiat Elba"; ontem, os tucanos se reuniram com o jurista Miguel Reale Jr., que também foi reticente; charge de Caruso publicada ontem no Globo mostra o impeachment como um brinquedo nas mãos de Aécio; colunista Jânio de Freitas vê isolamento e até ameaça à escolha do tucano para disputar a presidência em 2018 (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A campanha em favor do impeachment que o presidente do PSDB, Aécio Neves, quer protagonizar tem provocado um racha na cúpula do partido e o isolamento do senador tucano. O plano para tirar a presidente Dilma Rousseff do poder foi defendido inicialmente pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que disse que a ideia era apoiada por grande parte da bancada, e somente depois por Aécio Neves.

Nos últimos dias, no entanto, o principal cacique da sigla, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que a movimentação dos tucanos pelo impeachment era precipitada e não fazia sentido. "Impeachment não pode ser tese. Quem diz se houve uma razão objetiva é a Justiça e a polícia. Os partidos não podem se antecipar a tudo isso, não faz sentido. É precipitação", declarou. Ontem, ele afirmou que o tema não era uma prioridade do PSDB e menos importante que a Operação Lava Jato.

Depois de FHC, os senadores José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR) foram outros que não aceitaram integrar a iniciativa. Segundo o colunista político Ilimar Franco, do Globo, Serra tem dito a tucanos: "Não faria desse jeito. Precisa ter fato. O fato ainda não aconteceu. Não teve o Fiat Elba", em alusão ao carro – comprado com dinheiro ilícito – que comprovou a relação do ex-presidente Fernando Collor com os golpes do tesoureiro PC Farias e que resultou em seu impeachment.

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Em sua coluna desta quinta-feira 23 na Folha de S. Paulo, o jornalista Jânio de Freitas vê Aécio cada vez mais isolado – "no desarranjo do PSDB, a questão do impeachment contrapõe Aécio Neves e os três principais hierarcas da sigla - Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alckmin", escreve ele – e analisa que a proposta de impeachment pode ameaçar até mesmo sua escolha para disputar o Planalto em 2018. "Na obcecada e irada investida pela queda de Dilma, Aécio tem demonstrado o quanto preserva da imaturidade política do seu tempo de governador de Minas no Rio", diz Jânio.

Integrantes do PSDB que pediram um parecer a Miguel Reale Júnior a fim de embasar juridicamente o pedido de impeachment se reuniram com o jurista ontem e deram mais tempo a ele para preparar o documento. Ainda segundo Ilimar Franco, Reale Jr. também foi reticente. Ele pediu mais tempo ao PSDB argumentando que seria "açodado" correr na elaboração de um parecer que merece detalhada análise jurídica.

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Já Aécio ressaltou que não faltará "coragem" aos tucanos para apresentar o pedido de impeachment caso fique comprovado que a presidente Dilma tenha cometido crime de responsabilidade. "Não faltará ao PSDB a coragem necessária para, no momento certo, se identificados realmente os crimes que agora são noticiados, vamos agir como esperam de nós a grande maioria dos brasileiros. Nem pedimos prazo ao jurista. Ele está examinando todas essas frentes", disse. Ele assegurou que o partido estará "unido" quando tomar uma decisão sobre o tema.

O presidente do PSDB minimizou os posicionamentos – diferentes do seu – de colegas senadores em relação ao impeachment. "Seria estranho se não houvesse. Essas posições são cada vez mais convergentes. No momento da ação, a unidade será absoluta. Há absoluta convergência entre nós. Não vamos nos precipitar, fazer nenhuma ação panfletária como fez no passado o PT", disse Aécio.

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