'Estou pagando preço por não apoiar o impeachment'

Ex-senadora Marina Silva voltou a condenar neste domingo, 2, o que chamou de "instrumentalização da crise" pela oposição para provocar a saída da presidente Dilma Rousseff; "Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer. Não podemos, em hipótese alguma, colocar em xeque o investimento que fizemos na democracia", afirmou; Marina diz que a sociedade tem o direito de protestar, mas os líderes políticos têm que "ponderar"; "Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar. A liderança política não tem apenas que repetir o que se quer ouvir. Às vezes, ela tem que pagar um preço", afirmou

Candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva cumpre agenda em São Paulo. Na foto Marina Silva durante bate papo com empreendedores na Escola São Paulo.
São Paulo
16/09/2014
Fotos Vagner Campos
Candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva cumpre agenda em São Paulo. Na foto Marina Silva durante bate papo com empreendedores na Escola São Paulo. São Paulo 16/09/2014 Fotos Vagner Campos (Foto: Aquiles Lins)


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247 - A ex-senadora Marina Silva afirmou em entrevista à Folha deste domingo, 2, que não há provas materiais que sustentem um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer", afirmou Marina. "Eu não seria leviana de dizer, sem provas, que ela [Dilma] tem responsabilidade direta. Ela tem responsabilidades políticas e administrativas. Esse não é o momento de ficar gesticulando, tagarelando", acrescentou. 

A ex-candidata a presidente pregou "responsabilidade" com a democracia e disse que não vai "instrumentalizar a crise" para tentar ampliar o desgaste da presidente. "Neste momento, é preciso ter muita responsabilidade. Já tivemos perdas em relação às conquistas econômicas. Agora estamos tendo perdas em relação às conquistas sociais, com inflação e desemprego. Uma coisa que não podemos perder é a nossa confiança na democracia. Não podemos, em hipótese alguma, colocar em xeque o investimento que fizemos na democracia", afirmou.

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Sobre as manifestações contra o governo que estão marcadas para próximo dia 16, Marina Silva disse que a sociedade tem todo o direito de se manifestar, "porque foi enganada quando negaram os problemas e não fizeram o que era preciso".

"Mas esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar. A liderança política não tem apenas que repetir o que se quer ouvir. Às vezes, ela tem que pagar um preço. Não podemos deixar de considerar o valor da democracia, até pelos traumas que passamos", afirmou. 

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Leia na íntegra a entrevista de Marina Silva. 

 

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