PMDB tem orçamento maior que o do PT na Esplanada

Com a nova configuração da Esplanada dos Ministérios, o PMDB do vice-presidente Michel Temer passa a ser o partido com maior orçamento, no comando de sete pastas; embora o PT ainda seja o maior partido em representação, com nove ministérios, os peemedebistas são mais poderosos agora, com aproximadamente R$ 99 bilhões do Orçamento para 2016; o PT ficou com R$ 75,5 bilhões

Com a nova configuração da Esplanada dos Ministérios, o PMDB do vice-presidente Michel Temer passa a ser o partido com maior orçamento, no comando de sete pastas; embora o PT ainda seja o maior partido em representação, com nove ministérios, os peemedebistas são mais poderosos agora, com aproximadamente R$ 99 bilhões do Orçamento para 2016; o PT ficou com R$ 75,5 bilhões
Com a nova configuração da Esplanada dos Ministérios, o PMDB do vice-presidente Michel Temer passa a ser o partido com maior orçamento, no comando de sete pastas; embora o PT ainda seja o maior partido em representação, com nove ministérios, os peemedebistas são mais poderosos agora, com aproximadamente R$ 99 bilhões do Orçamento para 2016; o PT ficou com R$ 75,5 bilhões (Foto: Romulo Faro)


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247 - A reforma ministerial anunciada na sexta-feira (2) possibilita que a presidente Dilma Rousseff consiga respirar em meio ao bombardeio que vem enfrentando da oposição e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defendem seu impeachment. A chamada 'dança das caeiras', acabou por dar um calmante ao PMDB, mas também deixou o partido munido de mais poder no governo

Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que com a rearrumação, o PMDB ficou muito mais forte do que o PT, inclusive no orçamento juntando todos os ministérios que o partido do vice-presidente Michel Temer passa a ter.

Na nova configuração da Esplanada dos Ministérios, o PMDB tem previsão de administrar pelo menos R$ 99 bilhões do Orçamento para 2016, enquanto o PT ficou com R$ 75,5 bilhões programados.

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O levantamento mostra também que ao longo dos mandatos do ex-presidente Lula e de Dilma o PT vem perdendo força dentro de seu próprio governo para tornar possível os acordos com aliados em troca de apoio à sua base de sustentação no Congresso. Em 2003, início do primeiro mandato de Lula, o partido tinha 19 dos 35 ministérios (54% do total de pastas). Com a reforma de Dilma, os petistas, agora, terão o comando de apenas nove dos 31 ministérios (29% do total).

Principal parceiro do PT, o PMDB entrou no governo com apenas dois ministérios, em 2004: Comunicações e Previdência. Em 2007, no início da segunda gestão Lula, o partido subiu de status, com o comando dos ministérios da Saúde, da Integração Nacional e da Agricultura.

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Agora, com Dilma sob ameaça de impeachment e em momento de crise econômica, os peemedebistas têm sete pastas, todas de alto peso político e grande poder orçamentário: Saúde, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Secretaria da Aviação Civil e Secretaria de Portos, que, juntas, têm quase R$ 100 bilhões previstos para o Orçamento de 2016.

E diante desse PMDB super poderoso, os petistas já demonstram aflição. Afirmam que o Planalto ficará cada vez mais refém do partido de Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

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Segundo O Estado, membros do núcleo político de Dilma avaliam que o PMDB pode até ser confiável para que o Planalto possa derrubar a chamada pauta-bomba no Congresso e aprovar a nova fase do ajuste fiscal, que prevê a volta da CPMF (o imposto do cheque) e de outros tributos. Mas os petistas receiam que depois desses obstáculos, o aliado não se comprometa a evitar o impeachment da presidente Dilma.

Ainda de acordo com a publicação, 'os mais céticos avaliam ainda que o PMDB planeja, na verdade, limpar a pauta-bomba e resolver o déficit no Orçamento justamente para ficar em condições ainda melhores de governar o País sem Dilma e o PT'.

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Para os petistas, uma sinalização nesse sentido ocorreu na noite de quarta-feira passada (30), quando o vice-presidente Michel Temer participou de um jantar oferecido pelo líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE). Em diversos momentos ao longo da festa, Temer foi tratado como 'futuro presidente'.

Àquela altura, a reforma ministerial já estava praticamente definida, e a ampliação do espaço do PMDB, sacramentada. O tema principal do jantar teria sido a possibilidade de impedimento de Dilma. O anfitrião do jantar não admite em público a possibilidade de a reforma ministerial fracassar e não ser suficiente para manter Dilma no Palácio do Planalto, 'porém, reservadamente', segundo O Estado, 'não aposta R$ 10 no governo'.

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Matemática de votos

Com a ampliação das pastas do PMDB na Esplanada dos Ministérios, sem desalojar outros aliados, a presidente Dilma Rousseff, em tese, tem agora número suficiente de votos para se manter no poder. Para barrar um pedido de impeachment, ela precisa de pelo menos 172 dos 513 deputados. Na contabilidade do governo, Dilma já conta com 200 sufrágios a seu favor.

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