Cunha nega ‘saída honrosa’: “Não renuncio”

Presidente da Câmara afirmou que não pretende deixar o cargo apesar do isolamento cada vez maior provocado por denúncias de que mantém milhões de dólares na Suíça; "Eu não renuncio em nenhuma hipótese", disse Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta quarta-feira; até o PSDB, que vinha resistindo a abandonar o peemedebista, avaliou ontem que, se as contas suíças forem comprovadas, a permanência de Cunha ficará "insustentável"; líder tucano Carlos Sampaio sugeriu então ao deputado uma "saída honrosa", em que ele teria um "papel de herói"; com a declaração de hoje, parece que Cunha não ficou interessado na proposta; presidente da Câmara é o personagem principal do plano da oposição de colocar em prática o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff

The president of the Brazilian Chamber of Deputies, Eduardo Cunha, from the Brazilian Democratic Movement Party (PMDB) meets with union workers in Sao Paulo
The president of the Brazilian Chamber of Deputies, Eduardo Cunha, from the Brazilian Democratic Movement Party (PMDB) meets with union workers in Sao Paulo (Foto: Paulo Emílio)


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247 - Atualmente isolado até mesmo pelo resistente aliado PSDB, em função de denúncias de corrupção envolvendo seu nome, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira 7 que não pretende deixar o cargo. "Eu não renuncio em nenhuma hipótese", assegurou.

Em entrevista após um painel sobre radiodifusão, Cunha foi lacônico: "Cargo não há a menor possibilidade de eu renunciar, licenciar, qualquer coisa do gênero". Pouco antes, ele havia sido questionado pelo jornalista Kennedy Alencar, que mediava o evento, sobre a hipótese de deixar o cargo. "Nenhuma hipótese", respondeu.

Declaração é feita um dia depois de os tucanos sugerirem uma "saída honrosa" para Cunha. O partido presidido por Aécio Neves resistiu a deixar o apoio a Cunha, personagem principal na tentativa da oposição de tirar a presidente Dilma Rousseff do poder. É o presidente da Câmara quem decide se aceita ou rejeita os pedidos de impeachment que chegam na Casa.

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Segundo informou hoje o colunista Ilimar Franco, por trás do novo discurso do PSDB contra Cunha, porém, existe a tentativa de um acordo. "Ontem os lideres Carlos Sampaio (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e oposicionistas se reuniram com Cunha. Tentaram convencê-lo de que viraria uma espécie de herói nacional, livrando-se da pressão do MP, se desse o pontapé inicial no processo do impeachment", escreveu.

Cunha é acusado de manter contas secretas na Suíça, por onde teria recebido propina de US$ 5 milhões pelo esquema de corrupção da Petrobras. Em março, porém, o deputado havia negado ter contas bancárias no exterior em depoimento à CPI da Petrobras, o que pode configurar quebra de decoro parlamentar e resultar na cassação de Cunha.

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O peemedebista também não declarou as contas, apesar de já estar comprovado seu conhecimento sobre elas, conforme comunicado oficial da Procuradoria da República da Suíça. Autoridades do país disseram ter informado o parlamentar sobre o bloqueio de seus bens nessas contas.

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