Cunha se isola e perde apoio no Conselho de Ética
Após a divulgação das provas de que mantém contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), vê aumentar seu isolamento e perder apoio de pelo menos metade dos membros do Conselho de Ética, que irá analisar se Cunha quebrou o decoro parlamentar, o que pode resultar na perda do seu mandato e do foro privilegiado; o apoio a Cunha nos 21 membros do colegiado caiu de entre 11 e 14 para apenas 5; até o PSDB pode desembarcar do aliado; se depender do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), a análise da representação contra Cunha será rápida; "Quero fazer o mais rápido possível. Quanto mais rápido eu sair deste problema, melhor para mim", disse
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247 - Após a divulgação das provas de que mantém contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), vê aumentar seu isolamento e perder apoio do deputados que deverão analisar seu processo de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
Aliados de Cunha que não querem se identificar calculam que, em menos de 24 horas, ele perdeu metade dos votos que tinha no colegiado. Segundo os cálculos dos interlocutores de Cunha, na noite de quinta-feira, de 11 a 14 votos a favor de Cunha entre os 21 titulares do conselho. Após a divulgação dos documentos que reforçam que o presidente da Câmara possui contas na Suíça, o cálculo girava em torno de apenas cinco apoios.
Foram colocados em dúvida votos de PP, PSD e PR, antes considerados favoráveis. Os votos dos deputados do DEM (1), do PSDB (2) e do PPS (1), para alguns parlamentares, permanecem uma incógnita.
Além das suspeitas crescentes, a perspectiva de judicialização de movimentos de Cunha em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff esvaziou qualquer ensaio de aproximação do PT e de aliados do governo com o peemedebista para salvá-lo.
Se depender do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), a análise da representação contra Cunha será rápida. "Quero fazer o mais rápido possível. Quanto mais rápido eu sair deste problema, melhor para mim", disse Araújo. Ele pretendia começar os trabalhos já nesta semana.
O caso de Cunha chegou ao Conselho de Ética graças a uma representação feita pelo PSOL e pela Rede com base em acusações da Procuradoria-Geral da República de que ele manteria contas secretas na Suíça. Cabe ao colegiado aprovar parecer indicando a cassação ou a manutenção do mandato, após uma investigação. O julgamento sobre o destino político do parlamentar é tarefa do plenário.
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