Cruzada da mídia prova que Lula ainda não morreu

Semana que terminou com duas capas dedicadas, mais uma vez, a destruir o ex-presidente Lula, foi a mesma que começou com uma pesquisa Ibope apontando que ele ainda é quem lidera as sondagens para a sucessão presidencial de 2018; o levantamento mostra que a direita representada pelo PSDB, com apoio tácito da imprensa familiar, ao martelar exclusivamente o tema da corrupção, está conseguindo criar uma ojeriza generalizada da população aos políticos e à política; a estratégia inflou a rejeição dos principais nomes e, contra os prognósticos de seus adversários, Lula ainda emerge como aquele que tem o maior percentual de votos fieis entre os nomes postos para 2018

Semana que terminou com duas capas dedicadas, mais uma vez, a destruir o ex-presidente Lula, foi a mesma que começou com uma pesquisa Ibope apontando que ele ainda é quem lidera as sondagens para a sucessão presidencial de 2018; o levantamento mostra que a direita representada pelo PSDB, com apoio tácito da imprensa familiar, ao martelar exclusivamente o tema da corrupção, está conseguindo criar uma ojeriza generalizada da população aos políticos e à política; a estratégia inflou a rejeição dos principais nomes e, contra os prognósticos de seus adversários, Lula ainda emerge como aquele que tem o maior percentual de votos fieis entre os nomes postos para 2018
Semana que terminou com duas capas dedicadas, mais uma vez, a destruir o ex-presidente Lula, foi a mesma que começou com uma pesquisa Ibope apontando que ele ainda é quem lidera as sondagens para a sucessão presidencial de 2018; o levantamento mostra que a direita representada pelo PSDB, com apoio tácito da imprensa familiar, ao martelar exclusivamente o tema da corrupção, está conseguindo criar uma ojeriza generalizada da população aos políticos e à política; a estratégia inflou a rejeição dos principais nomes e, contra os prognósticos de seus adversários, Lula ainda emerge como aquele que tem o maior percentual de votos fieis entre os nomes postos para 2018 (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - Ciclicamente, ora Dilma, ora Lula, são os alvos da imprensa familiar, porta-voz da direita brasileira, representada pelo PSDB. Disse o ex-presidente no último encontro do PT, quinta-feira (29), que o PT é atacado 24 horas por dia no que chamou de maior bombardeio da história do país. A semana que se encerra foi dedicada à desconstrução do ex-presidente, conforme as capas de duas revistas semanais, por duas razões; a primeira, o arrefecimento do impeachment; a segunda (e mais importante), a pesquisa Ibope de 26 de outubro que coloca o petista máximo, hoje, mesmo com toda a desconstrução, como o nome que tem o voto mais fiel entre aqueles que se colocam para a corrida eleitoral para 2018.

O Ibope mostra sim um alto desgaste daquele que já foi o líder mais popular da história brasileira. Mas não só dele, e sim de toda a classe política e da própria política. É preciso considerar que o PSDB acaba por praticar um haraquiri ao insuflar a mídia na pauta única da corrupção e com isso, depenar muitos tucanos e inúmeros líderes de vários partidos, não apenas do PT.

A rejeição de Lula cresceu bastante, é fato. E compreensível, já que além dapancadaria habitual, ele colhe reflexos da crise econômica. O percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum no petista saltou de 33% em maio de 2014 para 55% agora. De Aécio subiu de 42% para 47% em um ano; a de Marina, de 31% para 50%; de Serra, de 47% para 54% em dois anos. Não há comparativo, mas a rejeição a Alckmin e a Ciro Gomes é igualmente alta: 52% para ambos.

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Ou seja, ninguém está imune.

Sobressalta, então, um dado alarmante para a direita, razão para a intensificação dos ataques a Lula: a taxa de eleitores que dizem que votariam com certeza em Lula é maior do que a de todos os seus rivais: 23% (embora em maio de 2014 esse índice fosse de 33%). Em segundo lugar aparece o senador Aécio Neves (PSDB), com apenas 15%, seguido de perto por Marina Silva (Rede), com 11%. O também tucano José Serra tem 8%, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 7% e Ciro Gomes (PDT), 4%.

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O simples indício de que Lula ainda lidera as melhores expectativas da população acendeu a luz vermelha no QG oposicionista e seus bunkers foram acionados. Polícia Federal incluída, intensificaram-se as tentativas de criminalizar o presidente e sua família. A Operação Zelotes, que começou investigando fraudes que chegariam a R$ 156 bilhões no Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda, desviou-se estranhamente de sua finalidade para investigar uma suspeita de venda de medidas provisórias em benefícios das fabricantes de automóveis.

Ato contínuo, as duas maiores revistas semanais, Veja (dos Civita) e Época (dos Marinho), despejaram todo seu ódio sobre o ex-presidente. O panfleto da Abril chegou à indignidade de vestir Lula de presidiário, num texto que se baseia em opiniões e nunca em fatos.

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Época requentou uma denúncia sem fundamento ancorado num documento vazado ilegalmente, em agosto, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), onde são listados os pagamentos por suas palestras.

À tentativa de manipulação de Época foi denunciada com um petardo pelo Instituto Lula na resposta “O lado escuro do ‘outro lado’ no jornalismo sensacionalista de Época”.

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Trechos da resposta merecem destaque: “A revista Época especializou-se em distorcer e manipular documentos, muitos deles vazados de forma ilegal, para difamar e caluniar o ex-presidente Lula. Esta semana, a revista, e o autor da matéria, Thiago Bronzatto, fazem isso novamente.” E “Época não respeita o contraditório e engana os leitores, vendendo como “novidade” matérias requentadas. Por exemplo, colocando a tarja “Exclusivo” na capa desta semana, para um tema tratado em agosto por sua concorrente mais famosa e ainda mais mentirosa.”

Lula parece compreender claramente o processo de sua desconstrução. E no encontro do PT do dia 29, falando aos militantes, mostrou que não vai sair da briga: "Eu só queria que vocês não ficassem preocupados com esses problemas. Porque eu digo sempre: ninguém precisa ficar com pena. Porque se tem uma coisa que aprendi na vida é enfrentar a adversidade. Pode ter certeza disso. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria e, podem ficar certos, eu vou sobreviver".

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