Cardozo: Lula tem direito de não gostar de mim

"Se você não quer ter inimigos, não seja ministro da Justiça. E se você quer, na vida política, se comportar dentro dos princípios do estado de direito, se prepare para ter inimigos e perder amigos. É impossível que se cumpra no Brasil a lei e aja de acordo com a sua consciência sem perder amigos e fazer inimigos", disse o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, que nega qualquer ação, no Ministério da Justiça, para conter ou estimular investigações; questionado sobre eventual dificuldade de relacionamento com o ex-presidente Lula, que tem um filho investigado pela Polícia Federal, Cardozo negou qualquer problema de sua parte; "Desconheço que ele não goste de mim. Se não gosta, deve ter suas razões e a pergunta deve ser dirigida a ele"

BRASÍLIA, DF, BRASIL,  28-01-2015, 11h30: O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante lançamento de duas plataformas para receber contribuições sobre a nova lei de dados pessoais e sobre o decreto para regulamentação do Marco Civil da Internet.
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 28-01-2015, 11h30: O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante lançamento de duas plataformas para receber contribuições sobre a nova lei de dados pessoais e sobre o decreto para regulamentação do Marco Civil da Internet. (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedeu entrevista aos repórteres Catia Seabra e Gustavo Uribe (leia aqui), em que abordou os rumores de que seria um desafeto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há má compreensão do que seja o estado de direito e do papel do agente público no cumprimento da lei. Não esperem jamais que eu peça uma perseguição a um adversário ou um aliviar a um aliado", disse ele.

No entanto, ele reconhece que fez inimigos no PT e também fora do partido. "Se você não quer ter inimigos, não seja ministro da Justiça. E se você quer, na vida política, se comportar dentro dos princípios do estado de direito, se prepare para ter inimigos e perder amigos. É impossível que se cumpra no Brasil a lei e aja de acordo com a sua consciência sem perder amigos e fazer inimigos", afirmou.

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Em relação à investigação sobre Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, Cardozo afirma que a Polícia Federal investigará se houve abusos. "Assim que soube de uma diligência feita às 23h, pedi esclarecimentos. A PF está ouvindo as chefias e o agente policial para que esclareçam por que foi feito nesse horário e qual é a regra aplicada para que se possa avaliar se houve algum desmando. Isso será submetido a mim através de um informação oficial. E isso não será feito porque é o filho do [ex] presidente. Tenho feito isso em qualquer caso que em tese poderia ser irregular."

Por fim, ele afirmou que admira o ex-presidente Lula, mas não exigiu reciprocidade. "Tenho profunda admiração pelo [ex] presidente Lula. Desconheço que ele não goste de mim. Se não gosta, deve ter suas razões e a pergunta deve ser dirigida a ele."

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Fadiga de material

Cardozo reconheceu que está há muitos anos no cargo, com certa fadiga de material, mas negou a intenção de sair. "Sempre tenho afirmado que o cargo de ministro da Justiça tem uma fadiga de material. Sou o ministro que está há mais tempo no cargo em período democrático. Estou há bastante tempo em um cargo que gera inevitável e inexorável fadiga. Mas aqui permaneço enquanto a presidente quiser e enquanto eu achar que posso contribuir com o projeto."

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