Ciro dispara: 'Temer é o capitão do golpe'

Ao participar de um evento político em Belo Horizonte, neste sábado, o presidenciável Ciro Gomes não mediu as palavras para se referir ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que pode alçar o vice Michel Temer à presidência; "Temer é o capitão do golpe", disse ele; neste domingo, Ciro estará em São Luís, no Maranhão, onde, ao lado do governador Flavio Dino, convocará a resistência de todos os governadores e movimentos sociais para conter o golpe; potencial candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro pretende consolidar seu nome como alternativa de esquerda, caso o ex-presidente Lula não concorra em 2018; até agora, ele tem sido a voz mais contundente contra o impeachment

Ao participar de um evento político em Belo Horizonte, neste sábado, o presidenciável Ciro Gomes não mediu as palavras para se referir ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que pode alçar o vice Michel Temer à presidência; "Temer é o capitão do golpe", disse ele; neste domingo, Ciro estará em São Luís, no Maranhão, onde, ao lado do governador Flavio Dino, convocará a resistência de todos os governadores e movimentos sociais para conter o golpe; potencial candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro pretende consolidar seu nome como alternativa de esquerda, caso o ex-presidente Lula não concorra em 2018; até agora, ele tem sido a voz mais contundente contra o impeachment
Ao participar de um evento político em Belo Horizonte, neste sábado, o presidenciável Ciro Gomes não mediu as palavras para se referir ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que pode alçar o vice Michel Temer à presidência; "Temer é o capitão do golpe", disse ele; neste domingo, Ciro estará em São Luís, no Maranhão, onde, ao lado do governador Flavio Dino, convocará a resistência de todos os governadores e movimentos sociais para conter o golpe; potencial candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro pretende consolidar seu nome como alternativa de esquerda, caso o ex-presidente Lula não concorra em 2018; até agora, ele tem sido a voz mais contundente contra o impeachment (Foto: Leonardo Lucena)


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Leonardo Lucena, 247 – Enquanto aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) e os políticos a favor do impeachment contra a petista saia do papel acirram suas disputas políticas, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT-CE) vê na tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff, estimulado por tucanos e por aliados do vice-presidente Michel Temer, uma real possibilidade de firmar como uma alternativa à polarização PT-PSDB. Na tarde deste sábado, sem meias palavras, ele afirmou que 'Temer é o capitão do golpe'.

Em referência ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prestes a ser cassado por contas secretas na Suíça e suspeita de prestar favores o BTG Pactual, de André Esteves, preso na Operação Lava Jato, Ciro bateu duro no peemedebista. “Não aceitaremos que um chefe de quadrilha processado na justiça por corrupção leve o País à ruptura democrática! Não aceitaremos o golpe”, afirmou, na semana passada, via rede social.

Disparando críticas contra Cunha, Ciro chamou o deputado de “ladrão”, acusou o vice-presidente Michel Temer de estar conspirando a favor do impeachment da presidente Dilma. À jornalista Mariana Godoy, o pedetista disse, nesta sexta-feira (4), que Temer é “sócio em tudo” de Cunha.

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Ciro não aliviou para o vice-presidente e afirmou que o peemedebista está sendo hipócrita com o discurso das “pedaladas fiscais”. De acordo com o ex-ministro, há separados decretos assinados por Temer, nos seus períodos de interinidade, onde ele também praticaria “pedaladas” orçamentárias.

Ex-ministro do governo Lula e ex-deputado federal, Ciro que também foi governador do Ceará e prefeito de Fortaleza, inicia suas movimentações diante do conturbado contexto político-econômico para ser o candidato da esquerda à presidência da República, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tente o seu terceiro mandato.

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Um fator que pesa a favor do pedetista, ex-candidato à presidência da República, em 1998 (ficou em terceiro lugar) e em 2002 (em quarto), é o aumento da rejeição das principais lideranças políticas nacionais. Pesquisa divulgada pelo Ibope, no dia 26 de outubro, o percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum Lula saltou de 33% em maio de 2014 para 55% agora.

A rejeição também aumentou para outros possíveis presidenciáveis. A o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu de 42% para 47% em um ano, a da ex-ministra Marina Silva (Rede), de 31% para 50%; a do senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de 47% para 54% em dois anos.

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No caso do atual chefe do executivo paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), não há comparativo, mas a rejeição é de 52%, assim como de Ciro.
Apesar de uma rejeição se superior a 50%, Ciro Gomes tem a seu favor a divisão o racha entre o PSDB de São Paulo e o de Minas.

De um lado, o governador Geraldo Alckmin (SP) articula uma operação para firmar seu nome em nível nacional. No entanto, a crise hídrica no estado e a recente truculência da polícia paulista contra os estudantes que protesta contra o fechamento de escolas, que o governo diz ser uma reorganização escolar (o projeto foi suspenso) pesam contra o tucano.

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Um reflexo de que uma eventual candidatura de Alckmin à presidência terá de ser árdua é a sua popularidade, que, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 de novembro, atingiu a sua pior marca: 28% do eleitorado paulista qualifica o desempenho do tucano como ótimo ou bom, a menor taxa de aprovação na série do instituto ao longo dos quatro mandatos dele, desde 2001. De acordo com o levantamento, a reprovação também é recorde, pois 30% dos paulistas classificam o desempenho do governador como ruim ou péssimo (leia mais aqui).

Por sua vez, o senador Aécio Neves (MG) aproveita a onda pró-impeachment e continua a desferir fortes críticas à presidente Dilma para tirá-la do poder. Mas vale ressaltar que, apesar de a última eleição presidencial ter sido bastante apertada (51% para Dilma contra 48% do tucano), o parlamentar mineiro perdeu em seu próprio reduto eleitoral (Minas Gerais), onde governou por oito anos tanto no primeiro quanto no segundo turno do pleito. Um dos principais políticos a favor do impeachment, o congressista também não conseguiu deixar claro à população quais seriam suas propostas para retomar o crescimento econômico do País.

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Fator Lula

No PT, mesmo com uma presidente cuja popularidade gira em torno de 10%, Ciro precisa ponderar suas estratégias tendo em vista a possibilidade de Lula ser candidato nas próximas eleições. Próximo ao ex-presidente, o pedetista ajudou o governo do petista, no final do seu primeiro mandato, a driblar o bombardeio sofrido por conta do 'mensalão'. O ex-governador manteve o apoio a Lula em 2010 e a Dilma em 2014, mas sonha em ser presidente, assim como outras personalidades políticas nacionais.

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Apesar dos escândalos da Operação Lava Jato e das dificuldades de governabilidade da presidente da República, a pesquisa feita pelo Ibope apontou que o ex-presidente ainda é o nome mais forte para a disputa presidencial de 2018 - a taxa de eleitores que dizem que com certeza votariam no petista ainda é maior do que a de todos os seus rivais: 23% (veja aqui).

Outra pesquisa, do Datafolha, divulgada no final do novembro, apontou que o ex-presidente é considerado o melhor da história por 39% dos brasileiros, mais um fator que fará Ciro ter de suar ainda mais para conquistar o eleitorado (saiba mais aqui).

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Já circula nas redes sociais (Twitter e Facebook) páginas a favor da candidatura de Ciro, um reflexo das suas movimentações rumo ao Palácio do Planalto. Mas não será uma tarefa muito simples para o pedetista costurar apoios políticos disparando críticas contra PMDB e PSDB, além de almejar ser alternativa ao governo Dilma. E passar por cima do ex-presidente Lula, com quem tem uma relação amistosa, será o maior desafio de Ciro.

 

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