Escândalos de Alckmin e Aécio abrem ala para Serra
Senador José Serra (PSDB-SP) pode ganhar espaço na briga interna do PSDB rumo a 2018, caso o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves se vejam enredados nos escândalos da máfia da merenda e de Furnas; nesta quinta-feira, editorial da Folha apontou que o esquema de desvio de milhões da merenda em São Paulo pode comprometer o projeto Alckmin-2018; também hoje, o jornal Valor Econômico, que pertence aos grupos Globo e Folha, destacou na primeira página mais uma acusação de propina a Aécio na Lava Jato; Serra é tucano que melhor se articula junto aos grupos de mídia e pode emergir como o nome do PSDB para a próxima disputa presidencial
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247 – O senador José Serra (PSDB-SP), que sempre sonhou com a presidência da República, pode vir a se beneficiar do desgaste de seus dois principais adversários, na luta interna do PSDB: o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin.
Nesta semana, Aécio foi mais uma vez citado como beneficiário de propinas em depoimentos da Lava Jato. O primeiro a mencioná-lo foi o doleiro Alberto Yousseff, que afirmou que o senador mineiro controlava uma espécie de mensalão em Furnas. Depois, um dos entregadores de propina de Yousseff, conhecido como Ceará, afirmou que Aécio era o "mais chato" na cobrança de recursos (leia aqui). Agora, outro delator, Fernando Moura, afirmou que Aécio conseguiu manter Dimas Toledo numa diretoria de Furnas durante o governo do ex-presidente Lula – e de lá ele extraía 1/3 das propinas arrecadadas (leia aqui).
A novidade não é Aécio ter sido citado por delatores da Lava Jato – mas sim o fato de as acusações terem encontrado ressonância na mídia. O Valor Econômico, que pertence aos grupos Globo e Folha, estampou em sua primeira página a seguinte manchete: "Delator diz que Aécio teve propina de Furnas". O que indica, portanto, que a blindagem ao mineiro começa a se romper.
Outro personagem que começa a se complicar é o governador Geraldo Alckmin. Nesta quinta, ele recebeu um "presente de grego" da Folha de S. Paulo: um editorial que afirma que seu projeto presidencial de 2018 pode desmoronar por conta do escândalo da merenda escolar, que vem revelando o desvio de milhões para campanhas políticas (leia mais aqui).
Caso Aécio e Alckmin se compliquem, Serra naturalmente emergirá como o candidato do PSDB em 2018. Ele, que tenta emplacar Andrea Matarazzo como seu candidato à prefeitura de São Paulo, também mantém canais de diálogo com o PMDB, de Michel Temer, e o PSD, de Gilberto Kassab. Se Matarazzo não vier a ser candidato, não será surpresa se Serra decidir apoiar Marta Suplicy, levando ainda o PSD.
O senador paulista, que é o político que mais se articula junto a grupos de comunicação como Folha, Abril, Globo e Estado, nitidamente já se movimenta para, mais uma vez, disputar a presidência da República.
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