Convenção do PMDB tem tom de oposição

Congresso do partido tem gritos de "Fora PT", "Fora Dilma" e defesa aberta de um processo de impeachment que conduziria o vice-presidente Michel Temer à presidência; cúpula do PMDB decidiu, porém, adiar a votação de um provável desembarque do governo de Dilma Rousseff para uma reunião do diretório nacional em até 30 dias; "Não há desembarque hoje. Há a construção de uma unidade que até hoje o partido não teve", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR)

Congresso do partido tem gritos de "Fora PT", "Fora Dilma" e defesa aberta de um processo de impeachment que conduziria o vice-presidente Michel Temer à presidência; cúpula do PMDB decidiu, porém, adiar a votação de um provável desembarque do governo de Dilma Rousseff para uma reunião do diretório nacional em até 30 dias; "Não há desembarque hoje. Há a construção de uma unidade que até hoje o partido não teve", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Congresso do partido tem gritos de "Fora PT", "Fora Dilma" e defesa aberta de um processo de impeachment que conduziria o vice-presidente Michel Temer à presidência; cúpula do PMDB decidiu, porém, adiar a votação de um provável desembarque do governo de Dilma Rousseff para uma reunião do diretório nacional em até 30 dias; "Não há desembarque hoje. Há a construção de uma unidade que até hoje o partido não teve", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR) (Foto: Gisele Federicce)


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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - A convenção do PMDB, neste sábado, em Brasília, tem o tom de um partido de oposição, com gritos de "Fora PT", "Fora Dilma" e defesa aberta de um processo de impeachment que conduziria o vice-presidente Michel Temer à Presidência da República, apesar da decisão da cúpula do partido de adiar a votação de um provável desembarque do governo de Dilma Rousseff para uma reunião do diretório nacional em até 30 dias.

"Não há desembarque hoje. Há a construção de uma unidade que até hoje o partido não teve", explicou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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"Em até trinta dias todas as moções serão apreciadas pelo diretório nacional. É importante esse tempo para que se possa ouvir a fazer um convencimento para ser uma posição de todos".

A decisão de adiar, diz o senador, é para que o partido se una em torno de Temer. "Se rompermos hoje, amanhã os ministros não entregam o cargo e vai cada um para um lado", afirmou, ressaltando que hoje a maioria do partido quer a saída do governo.

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Há, no entanto, grupos que resistem à saída neste momento. Entre eles, o PMDB do Rio de Janeiro, liderado pelo líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, que tem ainda na mão dois ministérios: o da Saúde, com Marcelo Castro, e da Ciência e Tecnologia, com Celso Pansera.

"A questão não é se vai sair, mas quando. Cada um tem seu cronograma. Para o PMDB do Rio não interessa sair agora", afirma uma fonte próxima ao PMDB fluminense.

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Hoje minoritário nessa posição, Picciani desconversa ao tratar do desembarque. "Já era esperado, tem essas divisões. O importante agora é assinalar uma unidade na chapa única, propondo soluções que não necessariamente sejam impeachment", disse o deputado. "Vamos deixar falar".

Picciani tem ainda o apoio de alguns ministros, como Henrique Eduardo Alves, do Turismo. Alves foi um dos que mais batalhou para se manter no cargo em outubro de 2015, quando a presidente fez uma reforma ministerial, e não tem nenhum outro cargo.

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O ministro propôs ampliar para até 60 dias a decisão sobre as moções sobre independência do partido, mas a tese não deve ganhar muito espaço.

O PMDB observa a temperatura dos acontecimentos dos próximos dias, das manifestações marcadas para este domingo à abertura do processo de impeachment, que pode ser votada na Câmara nas próximas duas semanas, mas peemedebistas confirmam que dificilmente não haverá desembarque.

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Nesta manhã, por acordo da cúpula, não falarão defensores do governo. Entre os que discursaram, a senadora Marta Suplicy (SP), ex-petista, foi uma das mais exaltadas. "O PT precisa sair do governo o mais rapidamente possível", disse, classificando o mandato de Dilma Rousseff como o "mais corrupto e incompetente".

Depois de dizer que Michel Temer "irá assumir o poder", Marta garante que o PMDB tem "o DNA da democracia".

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O Palácio do Planalto observa com apreensão o resultado da convenção, apesar de ter sido avisado que o desembarque não será feito neste sábado, disse à Reuters uma fonte palaciana, sabe que o futuro do partido no governo é curto e segurou a nomeação do deputado Mauro Lopes (MG) para a Secretaria de Aviação Civil, acertada com Picciani, para depois do encontro.

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