FHC: Temer não lidera

Um dos principais articuladores do golpe parlamentar de 2016, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já demonstra insatisfação com os rumos do governo Michel Temer; segundo ele, até agora, Temer não tem demonstrado capacidade de liderar o País; "Agora, vamos ver se ele dá um salto. Está faltando no Brasil uma voz. A política precisa de palavra, quem fale. O verbo", afirma FHC; como a ação movida pelo PSDB movida contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral ficou para 2017, há quem aposte no "golpe dentro do golpe", com o próprio FHC se apresentando para uma eleição indireta no Congresso

Um dos principais articuladores do golpe parlamentar de 2016, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já demonstra insatisfação com os rumos do governo Michel Temer; segundo ele, até agora, Temer não tem demonstrado capacidade de liderar o País; "Agora, vamos ver se ele dá um salto. Está faltando no Brasil uma voz. A política precisa de palavra, quem fale. O verbo", afirma FHC; como a ação movida pelo PSDB movida contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral ficou para 2017, há quem aposte no "golpe dentro do golpe", com o próprio FHC se apresentando para uma eleição indireta no Congresso
Um dos principais articuladores do golpe parlamentar de 2016, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já demonstra insatisfação com os rumos do governo Michel Temer; segundo ele, até agora, Temer não tem demonstrado capacidade de liderar o País; "Agora, vamos ver se ele dá um salto. Está faltando no Brasil uma voz. A política precisa de palavra, quem fale. O verbo", afirma FHC; como a ação movida pelo PSDB movida contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral ficou para 2017, há quem aposte no "golpe dentro do golpe", com o próprio FHC se apresentando para uma eleição indireta no Congresso (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – Em entrevista à revista Istoé deste fim de semana (leia aqui), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi um dos principais articuladores do golpe parlamentar de 2016, ensaia suas primeiras ao governo Michel Temer.

Segundo ele, Temer controla o Congresso, mas não demonstra liderança nem capacidade de conquistar a opinião pública. "O governo tem que ganhar mais confiança mostrando que tem rumo. O governo Temer não tem descuidado do contato com o Congresso, isso é importante. Agora, o grande problema que ele vai ter que enfrentar é que o Congresso reflete também o que se chama vagamente de opinião pública. A Dilma perdeu a opinião pública e o Congresso. O governo Temer tem o Congresso, mas a opinião pública é que está na dúvida. Então ele tem que dirigir-se muito mais à opinião pública. E como não é um governo derivado de um impulso do voto e as pessoas estão muito nervosas, o alvo continua sendo quem está no poder", afirma FHC.

Segundo ele, Temer ainda não ofereceu qualquer perspectiva de futuro. "É preciso que o governo Temer tenha rumo e firmeza. Tem que oferecer ao país uma perspectiva. A minha função, quando fui ministro da Fazenda, foi principalmente falar, explicar. Aqui, nesse momento, estamos sentindo falta de mais explicações. Por que tem que tomar medidas e o que vai acontecer. E desenhar o horizonte de esperança", disse FHC.

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FHC diz, ainda, que o governo Temer tem problemas sérios de comunicação e é permanentemente questionado, especialmente em tempos de internet, que trouxe mais informação. "É preciso que alguém encarne esse projeto, preferentemente o presidente da República. Ou algum ministro. Tem que explicar permanentemente cada coisa. E a sociedade hoje é mais complicada do que há 20 anos. Hoje tem a internet, mais informação, a angústia vem mais depressa, é preciso dar muito mais atenção a este processo."

Não é líder

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Na entrevista, FHC foi questionado pela jornalista Débora Bergamasco se Temer foi capaz de demonstrar alguma liderança. FHC disse que não.

"Acho que até agora não. Até agora ele não teve condições para isso. Ele nunca foi naturalmente isso. O presidente Temer, quando foi candidato majoritário, foi como vice. Ele foi candidato proporcional, que é muito diferente. O que ele tem de vantagem? Uma enorme experiência de negociação com o Congresso. E uma formação cultural, professor de Direito e tal. E ainda presidente do PMDB por 15 anos. Agora, vamos ver se ele dá um salto. Está faltando no Brasil uma voz. A política precisa de palavra, quem fale. O verbo."

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FHC ainda faz uma afirmação bizarra ao dizer que PMDB – o partido de Eduardo Cunha e tantos outros – tem papel secundário na questão da corrupção. "Aqui o Temer significa uma ruptura nisso. Na questão da corrupção, pela ordem é PT, PP e só depois o PMDB."

Como a ação movida pelo PSDB movida contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral ficou para 2017, por decisão do ministro Gilmar Mendes, há quem aposte no "golpe dentro do golpe", com o próprio FHC se apresentando para uma eleição indireta no Congresso, já que ele próprio, o mais falante dos políticos brasileiros, diz que "falta quem fale, falta o verbo".

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