Sabatina de Moraes pode ocorrer na próxima semana, diz Eunício

Para que isso ocorra, porém, a nova formação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que realiza a sabatina dos indicados ao Supremo, precisa ser concluída, com a indicação dos membros e do presidente pelos partidos políticos; "Amanhã terei reunião com líderes e pedirei celeridade na indicação dos membros da CCJ para que colegiado possa estar completo", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE)

Brasília - O senador Eunício Oliveira concorre ao cargo de Presidente da Casa (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O senador Eunício Oliveira concorre ao cargo de Presidente da Casa (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Gisele Federicce)


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Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta segunda-feira 6 que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado já na próxima semana.

No entanto, para que isso ocorra, a nova formação da CCJ precisa ser concluída, com a indicação dos membros e do presidente pelos partidos políticos. "Amanhã terei reunião com líderes e pedirei celeridade na indicação dos membros da CCJ para que colegiado possa estar completo", disse Eunício.

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A partir daí, a previsão é que a indicação de Moraes seja imediatamente distribuída a um relator. "A regra é que, instalada a comissão – que eu espero já ser instalada nessa quarta –, o presidente distribui o processo para um relator, [que] apresenta relatório e, por uma resolução da própria comissão, justamente para dar celeridade, é dada vista coletiva. E, normalmente, na outra sessão, o ministro é sabatinado", disse.

Tão logo a sabatina e a eventual aprovação do nome de Moraes na CCJ sejam concluídos, Eunício Oliveira disse que pautará imediatamente a indicação no plenário do Senado. Segundo ele, a rapidez é necessária para que o STF volte a ter 11 ministros.

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Repercussão

A escolha do presidente Michel Temer para o STF repercutiu entre os senadores.

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Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nomeação de um ministro filiado ao PSDB significa a "partidarização do Supremo Tribunal Federal".

"Não me surpreende, porque é a cara deste governo. Um governo que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros. E está caminhando numa partidarização do Supremo."

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A crítica foi rebatida pelo líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ressaltou que Moraes é "um jurista referenciado" e "um nome preparado para assumir o Supremo".

"Nós tivemos diversos ministros que vieram oriundos de partidos. Não pode haver prejulgamento. Tem que ter sabatina. A vida dele está citada nos livros. Não tem que minimizar ele fazer parte de algum governo. O que está sendo avaliado é o currículo, quem está trazendo essa questão está diminuindo o papel do Senado", disse.

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Para o senador José Medeiros (PSD-MT), a sabatina de Moraes estará diretamente ligada à futura indicação de um nome para o Ministério da Justiça – que ficará vago com a ida do ministro para o Supremo. "Essa sabatina dura passa por quem e de qual partido irá substituí-lo no Ministério da Justiça. Eu falo em termos de voto. Dependendo, a votação mais tranquila ou a sabatina mais dura e até o imponderável", afirmou.

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