FHC agora diz que caixa 2 “também é crime”

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que até recentemente relativizava o caixa 2 em campanhas eleitorais, afirmou que a prática "também é crime"; FHC também disse ser contrário ao voto em lista fechada e que "todos os partidos vão muito mal das pernas"; segundo ele, "não dá para aprovar nada que tenha cheiro de impunidade", como a anistia ao caixa 2; no começo do mês, FHC havia afirmado que existe "uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção"

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante lan�amento da candidatura de Jos� Serra � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB, no Centro de Conven��es Brasil 21.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante lan�amento da candidatura de Jos� Serra � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB, no Centro de Conven��es Brasil 21. (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que até recentemente relativizava o caixa 2 em campanhas eleitorais, afirmou nesta quarta-feira (22) que a prática "também é crime". FHC também disse ser contrário ao voto em lista fechada, como defendem muitos partidos e membros do PSDB. "Reforma política viável, hoje, é aprovar o que já está na Câmara", afirmou. Para o ex-presidente tucano, "todos os partidos vão muito mal das pernas" e que "não dá para aprovar nada que tenha cheiro de impunidade". 

Segundo o tucano, "os políticos todos, estamos mal das pernas. Então, não acho que seja o momento de fazer proposta (de reforma política). Para ele, a lista fechada é um erro, já que quem "escolhe quem vai ser o primeiro, segundo e terceiro eleitos" é a direção do partido. "E o povo vai votar em partidos? Quais? O povo nem sabe os nomes dos partidos. Não são partidos, a maioria. São legendas. E mais: não dá para aprovar nada que tenha cheiro de impunidade". FHC disse, ainda, que propostas do gênero têm como "objetivo evitar que a Lava Jato vá adiante".

"Quem errou deve pagar, depende do que fez. Fez corrupção? Ganhou dinheiro porque tirou dinheiro da Petrobras? Ou por que recebeu dinheiro para fazer uma lei a favor desta empresa? É crime na verdade de corrupção. E não declarou? É falsidade ideológica. E caixa 2 também é crime, mas é outro tipo de crime, capitulado no Código Penal. Deixa que a Justiça separe: o que é caixa 2, o que é crime de corrupção. O que pode ser punido com a não-eleição, o que vai para a cadeia", disparou.

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Ele destacou que a legislação já prevê regras como a que proíbe coligação nas eleições de deputados e de vereadores. "Por quê? Porque você vota num e elege outro. Se dois partidos se coligam, você não sabe em quem está votando. Então, é melhor proibir. E em segundo lugar, é muito importante também que haja uma lei que diga: olha, um partido que não recebeu x votos em tais números de estados não vai ter representação na Câmara. Não tem vantagens na Câmara, porque não é partido, tentou ser partido", disse.

 

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