Temer quer evitar cassação mudando dois juízes

Para tentar evitar sua cassação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Michel Temer e seus aliados apostam na estratégia de postergar o julgamento da ação até a troca de dois juízes da corte: Henrique Neves, que deixará o tribunal no dia 16 de abril, e Luciana Lóssio, em 5 de maio; o Planalto considera que ambos acompanharão o relator e votarão pela destituição do peemedebista; com a saída dos dois magistrados, porém, caberá a Temer indicar seus substitutos, o que provavelmente garantiria um resultado muito mais favorável; Herman Benjamin, relator do processo, deve entregar seu parecer daqui a poucos dias: o sucesso da estratégia do governo depende essencialmente de Gilmar Mendes, presidente do TSE e aliado de Temer, que é quem decide a data do julgamento

michel temer
michel temer (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Na tentativa de evitar a condenação, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições de 2014, o Palácio do Planalto articula para influenciar prazos e o placar do julgamento que poderá levar à cassação doo peemedebista.  O relator do processo, ministro Herman Benjamin, concluirá seu voto nos próximos dias e, com isso, caberá ao presidente do TSE, Gilmar Mendes, colocar o julgamento na pauta. O governo trabalha para que isso ocorra só a partir da segunda semana de abril, quando a composição dos juízes da corte vai se alterar.

As informações são de reportagem de Simone Iglesias em O Globo.

"Além de esperar de Herman um voto “muito duro” pela condenação, auxiliares presidenciais avaliam que o relator trabalha para influenciar dois ministros a seu favor: Henrique Neves e Luciana Lóssio. Formado por sete ministros, ter três votos pela condenação complicaria muito a vida de Temer.

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Henrique Neves deixará o tribunal no dia 16 de abril, e Luciana Lóssio, em 5 de maio. Temer já decidiu os substitutos e indicará, nesta semana, o jurista Admar Gonzaga como novo ministro do TSE, antes mesmo da saída de Neves. A nomeação será efetivada no dia 17 de abril. O nome foi definido por Temer a partir de lista tríplice enviada pelo Supremo Tribunal Federal. Para a vaga de Luciana, o indicado deverá ser o ministro substituto Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que também integrará uma lista tríplice a ser encaminhada pelo STF. Quem tem maior influência na formação das listas é o presidente do TSE, e cabe ao presidente da República a palavra final.

O governo tenta evitar que Neves e Luciana votem, o que vai depender essencialmente de Gilmar Mendes, já que cabe a ele, como presidente do tribunal, decidir a data do começo do julgamento. Pelos cálculos de um auxiliar presidencial, a última sessão que Henrique Neves participará será no dia 6 de abril, já que o tribunal não costuma funcionar nos dias que antecedem a Semana Santa, neste ano, a partir do dia 13 de abril.

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Sem Neves, pessoas próximas a Temer acreditam num placar de 5 x 2 contra a cassação da chapa, e de 6 x 1, se Luciana deixar a vaga antes do começo do julgamento. Integram o TSE os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Napoleão Maia Filho, além de Gilmar Mendes, Herman, Luciana e Neves."

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