Serra prega parlamentarismo e se vê primeiro-ministro
Para o ex-ministro e senador José Serra, o presidencialismo no Brasil tem sido um "fracasso histórico"; "No parlamentarismo, a troca de governo é uma solução. No presidencialismo, é uma crise", diz ele; questionado se seria um bom nome para primeiro-ministro, ele responde: "Não pensei nisso. Mas a minha vocação é para a vida pública, tanto no Legislativo como no Executivo, de maneira que se tiver um novo sistema vou estar aí, como sempre estive no caso do presidencialismo"; segundo delação da Odebrecht na Lava Jato, Serra recebeu, em conta na Suíça, R$ 23 milhões em propina
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247 - O ex-ministro do governo Temer e senador José Serra (PSDB-SP) defende o parlamentarismo e não descarta o cargo principal do sistema, o de primeiro-ministro.
Em entrevista a Adriana Ferra, do Estado de S.Paulo, o tucano afirma que o presidencialismo no Brasil tem sido um "fracasso histórico". "No parlamentarismo, a troca de governo é uma solução. No presidencialismo, é uma crise", diz.
Questionado se seria um bom nome para primeiro-ministro, ele responde: "Não pensei nisso. Mas a minha vocação é para a vida pública, tanto no Legislativo como no Executivo, de maneira que se tiver um novo sistema vou estar aí, como sempre estive no caso do presidencialismo".
Indagado em seguida se não descartaria a função, Serra disse: "Não me venha com essa, senão vão achar que estou pregando em causa própria. Houve até quem brincasse com isso. Como o Serra não se elegeu duas vezes presidente, ele quer o parlamentarismo para ser o primeiro-ministro". Serra disse querer o parlamentarismo "pelo País, não por mim".
O tucano criticou o chamado distritão, parte da proposta da reforma política votada no Congresso, mas avalia que o distrital misto, que pode valer a partir de 2022, aumentaria a legitimidade democrática. "Acho que seria uma mudança crucial", diz.
Serra é alvo de denúncias graves da Odebrecht, em delação premiada no âmbito da Lava Jato. Segundo executivos da empreiteira, o tucano recebeu, em conta na Suíça, R$ 23 milhões em propina.
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