PSOL denuncia ‘fake news’ da direita: não assinou CPI para barrar a Lava Jato

Em nota, deputados do PSOL criticaram texto publicado pelo site de direita O Antagonista que afirma que parlamentares apoiam uma "CPI para matar a Lava Jato"; "Esclarecemos que o PSOL não fez qualquer acordo para 'matar a Lava Jato'. Essa acusação é falsa e caluniosa. Esta CPI objetiva a necessidade de investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas", esclarecem

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chico alencar (Foto: Gisele Federicce)


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247 - Em nota, deputados federais do PSOL denunciam uma 'fake news' da extrema direita, que tenta nesta semana derrubar a CPI que visa investigar o mercado das delações premiadas, e esclarecem que assinaram o pedido de uma CPI que "objetiva a necessidade de investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas", e não "barrar a Lava Jato".

Nesta segunda e terça-feira, o site O Antagonista, em conjunto com páginas como Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), tentaram emplacar a ideia de que a CPI que mira as delações quer "barrar a Lava Jato". Essas páginas divulgaram listas com os nomes de todos os deputados que assinaram o pedido para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Pressionados, alguns deputados tentaram retirar seus nomes do pedido de criação da CPI, o que é contra o regulamento da Câmara, uma vez que o pedido já foi protocolado. Leia abaixo a íntegra da nota do PSOL, assinada pelos deputados Chico Alencar, Edmilson Rodrigues, Glauber Braga, Jean Wyllys e Luiza Erundina.

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Fake News: PSOL não assinou CPI pra barrar a Lava Jato
jun 19, 2018

A propósito da publicação "Os deputados que apoiam a CPI para matar a Lava Jato" (Diego Amorim, O Antagonista, 18/06/18), esclarecemos que o PSOL não fez qualquer acordo para "matar a Lava Jato". Essa acusação é falsa e caluniosa.

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Assinamos a CPI proposta pelo deputado Wadih Damous, ex-presidente da OAB/RJ, que nos procurou em plenário, para investigar "possibilidade de manipulação de delações premiadas", a partir de denúncias dos doleiros Vinicius Claret e Claudio Souza. Como a imprensa registrou, eles, em depoimento ao Ministério Público, acusaram o advogado Antônio Figueiredo Bastos de receber mesada para imprimir seletividade às delações. Esta CPI objetiva justamente isto: a necessidade de investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas, o indício de fraude nos procedimentos e a denúncia de envolvimento de agentes públicos.

Sempre assinamos, aliás, todo pedido de apuração de fatos que consideramos relevantes, independentemente de quem possa ser atingido. Não temos "rabo preso" com ninguém! Nossa trajetória no Parlamento comprova. Há 12 pedidos de CPI antes deste (quase todos com nosso endosso, incluindo dois de iniciativa de deputados do PSOL) e a Câmara só pode instalar cinco de cada vez.

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Não firmamos nenhum requerimento para submeter ao plenário a instalação desta, concomitante com outras cinco – única forma de ela ser instalada agora (o que é muito improvável). Assinatura em pedido de CPI não pode ser entendida (maldosamente?) como alinhamento com partidos de investigados e réus, nem como união contra a Lava Jato – na qual reconhecemos muitos méritos e, também, parcialidades.

Os primeiros a considerar estranha e repudiar uma "aliança" como essa, com objetivos mesquinhos e nebulosos, seríamos nós. O PSOL tem compromisso com a ética pública e não faz acertos de bastidores, nem aproximações incoerentes. Não somos nós que temos vínculos com investigados e réus da Lava Jato, nem os elegemos para a direção da Câmara ou a chegada ao governo Temer.

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A mentira tem pernas curtas.

Chico Alencar
Edmilson Rodrigues
Glauber Braga
Jean Wyllys
Luiza Erundina

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