Aturdida, direita busca o 'voto útil' mas primeira reunião fracassa

Depois da pesquisa Ibope com o crescimento forte de Haddad, a direita, aturdida, parece uma barata tonta entre a opção de bandear-se para o candidato fascista e a pregação de um "voto útil"; a primeira tentativa de reunião dos candidatos da direita, que a imprensa conservadora insiste em chamar de "centro", fracassou rotundamente; articulada por Miguel Reale Jr., o advogado do golpe, a pedido de Alckmin, pretendia reunir nesta terça Marina, Amôedo, Meirelles e Álvaro Dias

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247 - Depois da pesquisa Ibope desta segunda (24), a direita, aturdida, parece uma barata tonta entre a opção de bandear-se para o candidato fascista e a pregação de um "voto útil". A primeira tentativa de reunião dos candidatos da direita, que a imprensa conservadora insiste em chamar de "centro", fracassou rotundamente. Articulada por Miguel Reale Jr., o advogado do golpe, a pedido de Geraldo Alckmin, pretendia reunir nesta terça (25) Marina Silva, João Amôedo, Henrique Meirelles e Álvaro Dias. O objetivo era obter uma renúncia coletiva dos candidatos em favor de uma candidatura única da direita - Geraldo Alckmin.

Deu tudo errado. A reunião, segundo o repórter Rogério Gentile da Folha, ocorreria às 9h no Instituto dos Advogados de São Paulo. Fora confirmada em uma reunião virtual na manhã de segunda com assessores dos candidatos. Amôedo recusou o encontro liminarmente. Marina e Meirelles desistiram depois da pesquisa do Ibope que mostrou Alckmin estacionado, sem condições de liderar movimento algum. Juntos, os candidatos convidados para a reunião somam 17% segundo o Ibope —Alckmin marcou 8%, Marina, 5%, Dias e Meirelles, 2% cada.

A noite de segunda foi marcada pelo clima de velório em mais um convescote da direita na GloboNews, depois que o Ibope atestou A pesquisa atestou o forte crescimento de Haddad, que foi a 22%, a estagnação de Bolsonaro, em 28% e o cenário de vitória do candidato do PT no segundo turno por 43% a 37% (aqui), além da estagnação de todos os nomes de direita. na noite de ontem deu o tom do aturdimento.

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Para onde correr? Uma das porta-vozes das elites e do ódio ao PT, a jornalista Eliane Cantanhêde, também da GloboNews, foi a expressão desse aturdimento em sua coluna no Estado de S.Paulo desta terça. O objetivo do texto foi lançar suspeitas quanto às chances efetivas de vitória de Bolsonaro e soprar sobre as últimas brasas da campanha de Alckmin: 

"Quem vota ou pensa em votar no capitão só para tentar impedir a volta do PT, e não por achá-lo melhor e mais apto para a Presidência, deve prestar atenção a dois índices decisivos. A rejeição dele, de 46%, vai se aproximando dos 50% e isso significa que praticamente metade dos eleitores não vota em Bolsonaro de jeito nenhum. Entre as mulheres, a rejeição já é de 54% e isso se reflete no segundo turno. Pela projeção, o petista Fernando Haddad bate Bolsonaro por 43% a 37%."

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Depois de estocar Bolsonaro, Cantanhêde desenrolou o argumento que é o mantra da direita: o candidato capaz de derrotar o PT. "Esse resultado remete a uma frase que Alckmin vive repetindo na sua investida contra o capitão. Segundo o tucano, votar em Bolsonaro não é combater o PT, mas o contrário: 'É o passaporte para a volta do PT'".

O sociólogo Marcos Coimbra, do Vox Populi, em entrevista à TV 247 na manhã de ontem (aqui), desfaz as esperanças da direita. Para ele, a ideia de voto últil é uma "bobagem". Ele acrescentou: "Não faz sentido algum o eleitor abrir mão do seu candidato preferido em nome de uma hipotética utilidade de voto, não sei da onde as pessoas tiram isso. Nas eleições anteriores já foi comprovado que ninguém muda de voto a ponto de alterar o rumo da eleição". O diretor do Vox Populi observou que os terceiros, quartos e quintos colocados nas eleições anteriores tiveram no primeiro turno a quantidade de votos que lhes eram indicadas pela pesquisa, sem sofre qualquer esvaziamento pela hipótese de "voto útil". 

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Até agora, a direita parecia caminhar sem muito constrangimento para a extrema-direita, para os braços de Bolsonaro. Com a constatação de que ele deverá ser derrotado por Haddad, os meios de comunicação e políticos de direita subitamente reconverteram-se a "democratas" e publicam editoriais e manifestos contra "os radicais". Conseguirão esvaziar Bolsonaro a ponto de levar Alckmin ao segundo turno. Parece improbabilíssimo. Correm o risco de facilitar a jornada de Haddad.  

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