Haddad diz que Mourão, vice de Bolsonaro foi torturador na ditadura militar

"Bolsonaro nunca teve nenhuma importância no Exército. Mas o Mourão foi, ele próprio, torturador. O Geraldo Azevedo falou isso", disse o candidato da frente democrática em referência à declaração feita pelo músico e compositor pernambucano, de que na época em que foi preso, durante a ditadura, Mourão era um dos torturadores; o general da reserva, no entanto, ainda não havia ingressado no Exército no ano da prisão e anunciou que processará o artista; Geraldo Azevedo pediu desculpas

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247 - O candidato do campo democrático à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) disse que o general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de extrema direita de Jair Bolsonaro, foi responsável pela prática de torturas contra opositores da ditadura militar. "Bolsonaro nunca teve nenhuma importância no Exército. Mas o Mourão foi, ele próprio, torturador. O Geraldo Azevedo falou isso", disse Haddad em referência à declaração feita pelo músico e compositor pernambucano de que foi preso, juntamente com a esposa, e torturado pelos militares durante a ditadura.

"Ver um ditador como eminência parda de uma figura como Bolsonaro deveria causar temor em todos os brasileiros minimamente comprometido com Estado Democrático de Direito", afirmou Haddad durante uma sabatina promovida pelos jornais O Globo e Valor Econômico e a revista Época nesta terça-feira (23). "Ele tem como vice um torturador. Tem como ídolo um torturador, que é (o coronel Brilhante) Ustra. Para mim, isso é fascismo. Se vocês quiserem dar outro nome pra adocicar o Bolsonaro... Estamos diante de um bárbaro, que não respeita ninguém há 30 anos. É o pior dos porões", completou.

O general da reserva, no entanto, ainda não havia ingressado no Exército em 1969, quando tinha 16 anos, e anunciou que processará o artista. "É uma coisa tão mentirosa", disse Mourão. "Ele me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos", afirmou o general da reserva. "Cabe processo", declarou Mourão ao Estado de S.Paulo. Em nota, Geraldo Azevedo pediu desculpas "pelo transtorno causado pelo equívoco e reafirmou sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa".

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Na sabatina, Haddad destacou também que sua campanha cometeu um "erro estratégico" ao não supor que Bolsonaro faria uso do WhatsApp para financiar sua campanha de maneira ilegal. "A gente imaginava que as redes sociais teriam papel de impulsionamento, mas o que aconteceu no primeiro turno e pode acontecer agora não tem nada a ver. Estão driblando o velho caixa dois e criando um novo caixa dois. É o empresário pagar do próprio bolso para fazer emissão em massa de mensagens. Não imaginávamos", comentou.

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