Filhos de Bolsonaro fazem sabatina com candidato ao Itamaraty

Cotado para assumir o Ministério das Relações Exteriores  o governo Bolsonaro, o embaixador Luís Fernando Serra passou nesta terça por uma constrangedora sabatina; ele não foi inquirido por outros diplomatas ou especialistas em relações internacionais ou mesmo por parlamentares; foi sabatinado por dois dos filhos do presidente eleito,  Flávio e Carlos Bolsonaro, o primeiro senador eleito pelo Rio e o segundo vereador da capital fluminense

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Filhos de Bolsonaro fazem sabatina com candidato ao Itamaraty


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247 - Cotado para assumir o Ministério das Relações Exteriores  o governo Bolsonaro, o embaixador Luís Fernando Serra passou nesta terça-feira (13) por uma constrangedora sabatina. Ele não foi inquirido por outros diplomatas ou especialistas em relações internacionais ou mesmo por parlamentares. Foi sabatinado por dois dos filhos do presidente eleito,  Flávio e Carlos Bolsonaro, o primeiro senador eleito pelo Rio e o segundo vereador da capital fluminense. 

Segundo a repórter Eliane Oliveira, de O Globo, a sabatina dos filhos de Bolsonaro aconteceu depois de uma conversa com o ministro da Transição Onyx Lorenzoni na semana passada.

Também nesta terça, depois de afirmar que as conversas para a definição do chefe do Itamaraty estavam adiantadas, Bolsonaro saiu-se com uma piada sexista para os repórteres. Questionado se indicaria uma mulher ou um homem, ironizou: "Tanto faz, pode ser gay também"

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Fernando Serra, que até recentemente ocupava a embaixada do Brasil na Coreia do Sul, estaria concorrendo ao cargo com outros diplomatas de carreira do Itamaraty. Entre as opções também estão José Alfredo Graça Lima, que esteve à frente da equipe de negociadores do ex-ministro Luiz Felipe Lampreia, no governo Fernando Henrique Cardoso, e Sergio Amaral, atual embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Bolsonaro afirmou que o desejo é ter um nome de dentro do Itamaraty para o cargo e comparou a medida com a sua decisão de nomear um militar para a área da Defesa. A ideia de ter um diplomata de carreira no cargo surgiu depois da sequência de desastres diplomáticos protagonizados por Bolsonaro e seus filhos: anúncio da mudança da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, causando reação imediata dos países árabes e o cancelamento pelo Egito do 2º Fórum Brasil-Egito, que aconteceria entre os dias 8 e 11 de novembro; agressões seguidas à China, maior parceiro comercial do Brasil, assim como ao Mercosul e a Cuba, também um importante parceiro do país em comércio exterior. 

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Nesta terça-feira, um novo incidente ocorreu, dessa vez com a Noruega e dessa vez não por uma ação dos Bolsonaro, mas de Onyx Lorenzoni. Na véspera, ele havia feito fez críticas à Noruega. Após a pergunta de um repórter se o Ibama não fora "salvo" pela Noruega, em razão do histórico de doações para preservação da Amazônia, ele afirmou: "E a legislação brasileira não vale? Só vale a Noruega? E a floresta norueguesa, eles preservaram?". Pelo Twitter, o embaixador da Noruega, Nils Gunneng, foi diplomático ao dizer que seu país "aprendeu muito com o Brasil" e convidou Lorenzoni a conversar sobre preservação da Amazônia.

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