Enfrentar Lula rende dividendos políticos

Atual prefeito do Recife, João da Costa ganhou votos depois que decidiu enfrentar a direção do PT, que quer cassar seu direito à reeleição; em São Paulo, Marta Suplicy vem sendo elogiada por não se curvar às decisões do ex-presidente

Enfrentar Lula rende dividendos políticos
Enfrentar Lula rende dividendos políticos (Foto: Folhapress_Bernardo Soares/Divulgação)


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247 – Chegou às mãos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, uma pesquisa com resultados surpreendentes. O atual prefeito do Recife, João da Costa, teria se transformado numa espécie de herói da classe média pernambucana, depois que decidiu enfrentar o poder da direção nacional do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi publicada na coluna de Ilimar Franco, titular do Panorama Político, do jornal O Globo. Antes disso, o colunista Ricardo Noblat, pernambucano, já havia dito que Recife é uma cidade rebelde, que não gosta que decidam por ela.

Como se sabe, o PT decidiu impedir a reeleição de João da Costa, porque isso favoreceria um acordo em São Paulo. Sem ele, que é desafeto de Eduardo Campos, seria mais fácil obter a adesão do PSB para a claudicante candidatura de Fernando Haddad em São Paulo. A estratégia, no entanto, deu errado. Nas prévias do PT, João da Costa derrotou o candidato Maurício Rands, que era apoiado por Lula, pela direção do partido e por Campos.

Depois disso, a direção do PT passou a defender um nome de consenso, que seria o do senador Humberto Costa. Rands, derrotado nas primeiras prévias, abriu mão de uma segunda disputa com João da Costa. Ocorre que o prefeito bateu o pé e manteve sua candidatura. Só não será candidato se o PT tomar a decisão de impedi-lo, assumindo o ônus pela medida radical. O problema, na visão de muitos que votam pela esquerda em Recife, é que o suplente de Humberto Costa é o ex-pefelista Joaquim Francisco, que assim chegaria ao Senado. E os que votam pela direita gostaram do gesto de rebeldia de João da Costa.

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Rebeldia também em São Paulo

Da mesma forma, a senadora Marta Suplicy passou a ser elogiada por também não se curvar aos desejos do ex-presidente Lula. Ausente no evento de lançamento da candidatura de Fernando Haddad, ela passou a ser chamada de traidora por seguidores mais fiéis ao presidente Lula. Mas, num artigo publicado hoje no Estado de S. Paulo, pela colunista Dora Kramer, a senadora foi elogiada. “No lugar de condenar Marta, o PT talvez devesse rever sujeição cega ao faro de Lula”, disse Dora.

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Segundo a colunista, a rebeldia da senadora faz bem ao partido. “Marta age diferente, posiciona-se como um ponto fora da curva ao preservar independência e nesse aspecto talvez preste um grande serviço ao partido.”

O PT tinha chances razoáveis de vencer as eleições em São Paulo e Recife. Com Marta e João da Costa. Agora, o trabalho será bem maior.

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