Chalita continua no jogo?

O ex-presidente Lula apostou tudo em Fernando Haddad, fechou alianças e também moveu seu candidato no Datafolha; enquanto isso, o vice Michel Temer fez o mesmo com Gabriel Chalita, mas os resultados deixaram a desejar; há mesmo espaço para uma terceira via em São Paulo?

Chalita continua no jogo?
Chalita continua no jogo? (Foto: Edição/247)


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247 – Nos bastidores da política brasileira, poucos personagens têm trabalhado tanto quanto o ex-presidente Lula e o atual vice-presidente da República, Michel Temer. A batalha central é a de São Paulo, maior metrópole do País, que prepararia o jogo para a disputa de 2014. Lula, que já admitiu a possibilidade de concorrer novamente à presidência, apostou todas as suas fichas no ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, enquanto Temer, que ainda precisa se garantir como vice numa nova aliança em 2014, fez o mesmo em relação ao deputado federal Gabriel Chalita.

Até agora, o ex-presidente tem demonstrado maior força política. Ele já conseguiu o apoio de dois partidos, o PSB, de Eduardo Campos, e o PP, de Paulo Maluf, enquanto Temer não conseguiu avançar. Além disso, a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, que mostra crescimento de Haddad e estagnação de Chalita pode ter efeito importante na escolha de um importante indeciso: o PC do B, que balança entre Haddad e Chalita. A ala do partido que ainda não curou as feridas da demissão de Orlando Silva, na “faxina” de Dilma, pende para Chalita; no entanto, os pragmáticos poderão usar os números do Datafolha como argumento para apoiar Haddad.

Qualquer que seja o movimento do PC do B, ele poderá ter efeito decisivo na disputa municipal. O atual candidato do partido, Netinho de Paula, aparece com 7% das intenções de voto e deve desistir – fechando com Haddad, consolidaria a polarização entre PT e PSDB; formando aliança com Chalita, abriria espaço para a terceira via.

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Segundo o colunista Fernando Rodrigues, da Folha, o Datafolha deste domingo sinaliza mesmo para um cenário de polarização. “Uma surpresa moderada fica por conta de Gabriel Chalita, do PMDB. Não obstante suas aparições, Chalita não saiu do lugar. Oscilou negativamente de 7% para 6%”, disse ele. “O que isso significa? Que possivelmente a campanha paulistana pode mesmo afunilar entre o tucano José Serra e o petista Fernando Haddad. Havia até agora uma dúvida sobre se Chalita poderia crescer e ofuscar Haddad. A pesquisa Datafolha mostra que esse cenário parece ser cada vez mais inviável”, concluiu.

Haddad, por sua vez, reflete uma aposta não só de Lula, mas também de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que interveio no diretório paulista do PSB em prol da aliança defendida por Lula. Se ela der certo, poderá cacifar o próprio Campos para que ele, após seus dois mandatos como governador de Pernambuco, seja o vice em 2014. Tanto de Dilma como de Lula.

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