“Diálogo sim, intervenção não”, diz Carvalho

Escolhido por 11 votos contra 4, pela executiva do PT, sábado, como candidato a prefeito, vice Roberto Carvalho registra sua candidatura no TRE; correligionários chamam de 'golpe paraguaio' manobra que visa colocar Patrus Ananias em seu lugar; prefeito Marcio Lacerda pode desistir da reeleição

“Diálogo sim, intervenção não”, diz Carvalho
“Diálogo sim, intervenção não”, diz Carvalho (Foto: Edição/247)


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Minas 247 – Já ganha corpo entre a militância do PT a expressão "golpe paraguaio" para classificar o movimento do presidente estadual do partido em Minas Gerais, Reginaldo Lopes, de contrapor com a candidatura do ex-ministro Patrus Ananias a vitória do vice-prefeito Roberto Carvalho na direção executiva do partido, sábado. Por 11 votos contra 4, Carvalho foi escolhido candidato do PT à Prefeitura da capital mineira. Atento a intenções de uma virada de mesa como a que ocorreu em Recife, onde o prefeito João da Costa, vencedor das prévias partidárias, foi escanteado da disputa em favor do ex-ministro Humberto Costa, o vice-prefeito Carvalho está agindo rápido. Na tarde desta segunda-feira 2, pessoalmente ele foi ao Tribunal Regional Eleitoral, ao lado de vários correligionários, para registrar oficialmente sua candidatura.

"Diálogo sim, intervenção não", disse Carvalho ao 247. "Intervenção só pode ser aceita pelos vencidos, mas aqui somos os vencedores", frisou ele, lembrando que a votação na Executiva do partido tem força semelhante à de uma convenção partidária. Parte do ministro Fernando Pimentel, integrante da direção nacional do PT, a iniciativa de lançar o nome de Patrus em contraponto ao de Carvalho. Trata-se, no caso, de um acerto de contas às avessas. Nas eleições de 2008, Pimentel barrou a pré-candidatura de Patrus para levar o partido a apoiar o atual prefeito Márcio Lacerda. Por seu lado, o prefeito, agora, está disparando recados de que pode até mesmo desistir da candidatura à reeleição, ou buscar o apoio dos tucanos do senador Aécio Neves, caso o PT tenha candidato próprio e não se coligue com o seu partido, o PSB.

A verdade é que a hipótese de o PT se manter alinhado a Lacerda é cada vez mais remota. O vice-prefeito Roberto Carvalho acredita que a sua própria candidatura está em crescimento e pode não apenas empolgar as bases partidárias, mas também atrair o PMDB para a formação de uma poderosa coligação. Cotado como vice, o deputado federal Leonardo Quintão já avisou que só conversa com o nome oficial do partido. Para ele, em razão da votação na direção executiva, esse nome é o de Carvalho. Ambos devem se reunir ainda nesta segunda 2, após o registro oficial da candidatura, para iniciar os entendimentos para uma coligação. Como se vê, em BH a política muda mesmo na velocidade da conformação das nuvens.

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