Na guerra dos institutos, quem tem razão em SP?

Enquanto o instituto Vox Populi, de Marcos Coimbra, aponta Fernando Haddad com 18% e José Serra com 17%, o Datafolha, de Otávio Frias, traz o tucano com 21% e o petista com 15%. Na margem de erro do Vox, Haddad poderia ter algo entre 21% e 15% e Serra algo entre 20% e 14%. Na do Datafolha, os percentuais do tucano seriam entre 23% e 19% e os do petista entre 13% e 17%. Estão “operando” as margens de erro?

Na guerra dos institutos, quem tem razão em SP?
Na guerra dos institutos, quem tem razão em SP? (Foto: Edição 247)


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247 – As campanhas eleitorais no Brasil começam a entrar naquela fase decisiva em que todas as suspeitas passam a pairar sobre os institutos de pesquisa. E o nome do truque para “operar” vantagens em favor dos candidatos é a chamada margem de erro, álibi que permite aos três principais institutos do País, como Ibope, Datafolha e Vox Populi, a simular vantagens em favor dos candidatos aos quais são mais simpáticos – uma pesquisa com resultados distorcidos, por exemplo, pode injetar ânimo numa determinada campanha e esfriar adversários, ao mesmo tempo em que engorda o caixa dos institutos.

Algo semelhante pode estar acontecendo em São Paulo, palco da maior disputa eleitoral do Brasil, não pelo primeiro lugar, que parece estar consolidado com Celso Russomano, mas entre José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT. Ontem, pela primeira vez, o Vox Populi apontou Haddad na frente de Serra, por uma margem pequena: 18% a 17%, numa pesquisa com margem de erro de três pontos. Ou seja: Haddad pode ter de 21% a 15% e Serra de 20% a 14%. Hoje, o Datafolha traz outra pesquisa com resultados divergentes: Serra teria 21% e Haddad 15%, numa pesquisa com margem de dois pontos. Ou seja: o tucano teria entre 23% e 19% e o petista entre 17% e 13%. Em ambas, Russomano lidera com 35%.

A pesquisa do Vox Populi permite uma interpretação: a de que a campanha negativa promovida por Serra, utilizando o mensalão no horário eleitoral, não estaria gerando resultados. A da Folha indica direção inversa. Sugere que Serra deve bater mais, porque, desta maneira, teria conseguido se distancia. Ocorre que, no quesito rejeição, praticamente nada mudou em relação a Serra. Ele continuou é rejeitado por 44% dos paulistanos (antes tinha 46%), com larga vantagem sobre os adversários.

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Não há mistério sobre a proximidade entre o instituto Vox Populi e o PT nem sobre a simpatia que a Folha de S. Paulo nutre por José Serra. A questão é: quem operou as margens de erro – e em que quantidade? Ou foi apenas erro de algo que não pode ser considerado ciência?

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