Nesta terça, Chalita anuncia adesão a Haddad

Quarto colocado na disputa municipal em São Paulo, com 13,6% dos votos válidos, o peemedebista Gabriel Chalita formaliza hoje sua entrada na candidatura do petista Fernando Haddad; acordo costurado entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer é o primeiro passo para o isolamento da candidatura de José Serra, que foi o responsável direto pela saída de Chalita do PSDB

Nesta terça, Chalita anuncia adesão a Haddad
Nesta terça, Chalita anuncia adesão a Haddad (Foto: Edição/247)


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247 – Dois dias depois de passar para o segundo turno em São Paulo, o candidato petista Fernando Haddad deve ganhar seu primeiro apoio expressivo na disputa contra José Serra, do PSDB. O peemedebista Gabriel Chalita, que recebeu 833.255 votos, o equivalente a 13,6% do que foi depositado nas urnas, deve anunciar ainda hoje seu apoio a Haddad. A adesão de Chalita pode ser decisiva, uma vez que Haddad, com 28,98% dos votos válidos, terminou o primeiro turno com 108,5 mil votos a menos do que Serra.

Costurado pela presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer, o acordo prevê o fortalecimento dos espaços do PMDB no governo federal, como a Agricultura e a Caixa Econômica Federal, sem que estejam descartadas possibilidades futuras, como o Ministério da Educação. Além disso, o acordo envolve ainda algumas secretarias na própria prefeitura de São Paulo e é o primeiro passo para isolar a candidatura Serra – depois de Chalita, Celso Russomano também deve declarar seu apoio a Haddad.

Embora tenha sido assediado pelo governador Geraldo Alckmin, de quem foi secretário de Educação, logo após o resultado do primeiro turno, Chalita não tem alternativa a não ser apoiar Haddad. Sua saída do PSDB foi motivada pela incompatibilidade com José Serra, que, como governador de São Paulo, boicotou programas implantados por Chalita, como a escola de tempo integral. O apoio a Haddad, de certa forma, terá também um sabor de vingança pessoal.

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Assim como Temer, também sairá fortalecido o PMDB do Rio de Janeiro, que bancou a maior parte dos gastos da campanha de Chalita. Não por acaso, os primeiros políticos recebidos por Dilma após o primeiro turno da eleição municipal foram justamente o governador Sérgio Cabral e o prefeito reeleito Eduardo Paes, que foi o primeiro a dizer que o apoio de Chalita a Haddad seria o “caminho natural”. Esse empurrão do PMDB ao PT em São Paulo terá também como contrapartida a reciprocidade no Rio – o que é uma má notícia para o senador petista Lindbergh Farias, que pretende se lançar ao governo em 2014.

Ontem, Temer e Chalita ainda fizeram algum suspense, dizendo que seria necessário primeiro “ouvir o partido”. Nas próximas horas, ambos tornarão público o que já foi acordado em Brasília.

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