A pedido de Lula, PT adia nota de apoio a réus

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247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu e, como nem todo mundo dentro do PT simpatizava com a ideia de manifestar formalmente o apoio do partido aos petistas condenados no julgamento da Ação Penal 470, o manifesto em solidariedade a José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha foi adiado. E pode nem sair mais.

O manifesto pode ser arquivado sem ver a luz do dia, já que alguns dirigentes acreditam que o melhor é seguir a vida. Nesse caso, a responsabilidade pelo desagravo seria repassada para a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A reunião da Executiva Nacional do PT na quinta-feira não chegou a consenso sobre o assunto, reforçando que o documento não deve sair.

"Não temos de trazer uma pauta negativa para nós", resumiu o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR). "Mesmo com todos os ataques que sofremos na campanha eleitoral, somos vencedores", acrescentou. Para o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o partido tem metas mais urgentes. "A solidariedade vai ocorrer, independentemente de uma nota ou um manifesto. O PT tem que se preocupar agora em defender o governo Dilma, aprofundar as reformas, reforçar as alianças e montar o palanque para 2014", disse.

Escrita pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, a primeira versão do manifesto atacava a "politização" do julgamento do 'mensalão' e dizia que "teses" construídas pelo Supremo Tribunal Federal abandonaram a cultura do direito penal como garantidor das liberdades individuais. Parte do discurso habitual de Falcão, a pressão da mídia para influenciar no julgamento também era destacada.

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