Na CPI, PSDB pede indiciamento de Dirceu
Partido apresenta voto em separado ao relatório de Odair Cunha (PT-MG) na CPI do Cachoeira e pede investigação e indiciamento contra o ex-ministro da Casa Civil, além de mais sete pessoas. Para Alvaro Dias (PSDB), texto de Odair é "insuficiente". Documento do petista deve ser votado nesta terça no Congresso
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247 – O PSDB pede a investigação e posteriormente o indiciamento do ex-ministro José Dirceu na CPI do Cachoeira. O partido apresentou voto em separado, como alternativa ao relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), que provocou resistência da oposição. A votação do documento do relator está marcada para esta terça-feira 11.
O envolvimento de Dirceu se deve, de acordo com o voto tucano, da contratação de uma consultoria do petista pela empreiteira Delta, que tem ligações com o contraventor Carlos Cachoeira e seu grupo criminoso. O texto sugere o indiciamento de Dirceu pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa, fraude e patrocínio privado em licitação.
Em entrevista na noite desta segunda, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) citou que o relatório de Odair era "insuficiente" para a conclusão dos trabalhos da comissão. "Nós vamos derrotar esse relatório", declarou (leia mais).
Além do ex-ministro, os tucanos incluem em seu voto o pedido de investigação contra o dono da Delta, Fernando Cavendish, que não estava no documento do relator. Outros nomes são o do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antônio Pagot e do deputado José de Filippi (PT-SP).
Assinado por sete parlamentares do PSDB e pelo senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, o texto cita que os indiciamentos vêm da "recusa do relator em investigar, em sua integralidade, o esquema criminoso de desvio de recursos públicos patrocinado pela empresa Delta Construções S/A por intermédio de suas fantasmas".
Além do PSDB, a CPI já recebeu outro voto em separado, apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni, do DEM. Para o parlamentar, a maioria na CPI acovardou-se ao não permitir o avanço da investigação sobre o esquema de desvio de verba pública com a participação da construtora Delta.
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