Dirceu sobre a entrevista de Tarso Genro: "Não li"

Governador gaúcho sugeriu ao PT que esgote a agenda da solidariedade em relação aos condenados na Ação Penal 470; de férias em Minas, José Dirceu disse que leu apenas o artigo do ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, em que ele critica o enfraquecimento do direito de defesa no País; será que Tarso Genro conseguirá, desta vez, tomar o poder no PT?

Dirceu sobre a entrevista de Tarso Genro: "Não li"
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247 - Em 2002, Tarso Genro concorreu ao governo gaúcho e foi derrotado por Germano Rigotto, do PMDB. Dívidas de sua campanha foram pagas pelo que hoje se convencionou chamar de mensalão, num socorro prestado por Delúbio Soares & companhia. Por isso mesmo, em 2005, quando estourou o escândalo denunciado por Roberto Jefferson, causou estranheza, no PT paulista, a convocação de Tarso pela "refundação" do partido.

Dos caciques do PT, Tarso Genro sempre foi marcado pela independência, na visão de uns, ou falta de solidariedade, na visão de outros. Mas nunca foi majoritário no partido e José Dirceu continuou sendo a principal força do PT, a despeito do mensalão e do clamor pela "refundação".

Ontem, ao falar publicamente sobre o caso, Tarso Genro, mais uma vez lavou as mãos e sugeriu que o PT esgote a "agenda da solidariedade" aos condenados, ainda que considere injustas as penas (leia mais aqui). Como governador de um estado importante, Tarso pode estar, mais uma vez, tentando tomar o poder no PT. 

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Mas Dirceu, ouvido pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, do Globo, sinalizou que ele e Tarso continuam sendo cordiais adversários. "Não li", disse ele, sobre a entrevista. O ex-ministro da Casa Civil elogiou o artigo do também ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, em que ele aponta o enfraquecimento do direito de defesa no Brasil.

Leia, abaixo, o relato de Jorge Bastos Moreno, no Globo deste sábado:

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Zé Dirceu está se despedindo da liberdade para passar 2013 todo na

cadeia.

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Por isso, foi-me difícil desejar-lhe feliz ano novo.

Localizei Zé no interior de Minas, numa verdadeira farra gastronômica de fazer inveja a qualquer apreciador da boa comida.

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— Hoje, comi costelinha de porco frita na panela, com couve à mineira, torresmo e ovo frito em caçarola redonda, que é para ele sair redondinho também — descreveu.

Estraga prazer, como todo

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repórter, interrompo o relato hedonístico do condenado e pergunto sobre a entrevista de Tarso Genro a Felipe Bächtold, na qual o governador gaúcho afirma que, com a exceção dele e de Genoino, as outras punições do mensalão foram justas.

— Não li. Li a do Márcio Thomaz Bastos e gostei. Até o dia 10, eu não comento nada.

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— Por que dia 10? O que vai acontecer no dia 10? — quis saber.

Zé demorou para responder: — Nada. Foi o prazo que me dei como fim de férias.

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Au-au!

Zé Dirceu pode se queixar da pouca atenção de Lula, mas, no caso da Dilma, é só amor e carinho. A presidente, vocês sabem, já está em Salvador, para passar o Ano Novo. Só que, na hora de embarcar, surgiu um problema gravíssimo: Nego, o labrador do Zé Dirceu sob sua guarda, se apegou tanto à presidente, que sente quando ela viaja e desanda a chorar.

Dilma só é insensível ao choro do Gabrielli. Ela se comoveu toda com choro do cachorro do Zé Dirceu. Quase desiste.

Resultado: Nego foi junto.

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