Aécio busca em Paulinho dividir base sindical

Cada vez mais candidato à sucessão de Dilma em 2014, senador mineiro patrocina criação do Partido Solidariedade, que vai abrigar sindicalistas como Paulinho da Força e dirigentes da Nova Central e UGT. Com isso, o tucano espera dividir um setor hoje aliado ao governo federal, provocar uma debandada no PSD de Kassab e ainda reduzir a fama de “elitista” que o PSDB carrega

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Minas 247 - A mais nova estratégia do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) é dividir politicamente o sindicalismo brasileiro, hoje majoritariamente aliado do governo Dilma Rousseff (PT). Cada vez mais candidato à presidência em 2014, Aécio está patrocinando a criação do Partido Solidariedade, que reunirá sindicalistas e dirigentes da Força Sindical, da Nova Central e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Um dos sinais nesse sentido foi o pedido que o tucano fez ao deputado Fernando Francischini (PEN-PR) para se filiar à nova agremiação.

O novo partido já tem o apoio do deputado Paulinho da Força (PDT) e espera reunir quase 40 deputados federais, o que já o colocaria com uma força razoável no Congresso. Mas o estímulo do senador tucano ao Partido Solidariedade vai além disso. Se obter a simpatia dos sindicalistas, Aécio conseguiria várias vitórias, ainda que parciais.

Uma delas, e provavelmente a principal, é dividir um setor que, hoje, está majoritariamente vinculado à base de apoio da presidente Dilma Rousseff. A divisão enfraqueceria um discurso sempre feito pelos petistas nas últimas eleições presidenciais, o de que é o partido que defende os interesses dos trabalhadores.

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Além disso, Aécio tenta, via Partido Solidariedade, provocar uma debandada no PSD do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab. Hoje alinhado com Dilma, o PSD, ainda que novato na política, sofre com frequentes divisões em seus quadros. Pois dividi-lo ainda mais não é um cenário ruim para o senador mineiro.

Por fim, o apoio das centrais sindicais ajudaria a reduzir um pouco a imagem “elitista” que o PSDB ainda tem junto ao eleitorado. Nas últimas eleições presidenciais, seus candidatos (José Serra, Geraldo Alckmin e Serra, novamente), ainda que negassem, foram acusados de defenderem propostas consideradas pouco simpáticas à população mais pobre, como as privatizações. Não que Aécio vá negar as vendas das estatais feitas no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso -- os últimos sinais, pelo contrário, mostram que ele defenderá os oito anos da era FHC --, mas o apoio de sindicatos ajudaria a reduzir eventuais prejuízos na camada mais politizada dos trabalhadores.

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