Cunha: PMDB está livre para discordar

Novo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha diz que "nos últimos dois anos, o pensamento da bancada não estava sendo expresso, por causa do processo de pré-candidatura do Henrique [Eduardo Alves] à presidência da Câmara". "Agora, a bancada provavelmente vai se posicionar de uma forma diferente", diz. Sobre a chance de ser trocado pelo PSB na chapa com o PT em 2014, Cunha avisa que "o PMDB faz parte dessa chapa e dificilmente aceitará uma participação no processo eleitoral em que não esteja na vice"

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247 - Logo depois de eleito para a liderança do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou que o partido era contra a política de desonerações que o governo tem usado para enfrentar a crise. "A posição da bancada é que as desonerações não podem ser feitas atingindo as receitas compartilhadas, que são distribuídas por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)", detalhou em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo Correio Braziliense, dizendo que, após a eleição de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência da Câmara, a relação entre o PMDB e o governo deve mudar.

"O que aconteceu foi que, nos últimos dois anos, o pensamento da bancada não estava sendo expresso por causa do processo de pré-candidatura do Henrique (Eduardo Alves) à presidência da Câmara dos Deputados. Houve muitas votações em que a bancada preferiu não fazer nenhum tipo de debate e seguir a orientação do governo para que a candidatura, que era um projeto do partido, não fosse prejudicada. Agora, a bancada provavelmente vai se posicionar de uma forma diferente", disse o peemedebista, que também mandou recado à presidente Dilma Rousseff.

Insatisfeitos com o tratamento recebido pelo Palácio do Planalto, os peemedebistas mineiros falam na possibilidade de apoiar uma eventual candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014. Cunha desmente a possibilidade, mas, depois de elogiar as qualidades de Aécio, pondera: "A própria presidente Dilma vai perder em um processo eleitoral com a forma com que Minas Gerais está se sentindo hoje. É isso que eu alerto. O problema da bancada de Minas Gerais é algo que a gente vai ter que debater".

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2014

Quando questionado sobre a possibilidade de o PMDB ser substituído, em sua atual chapa com o PT, pelo PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o peemedebista é direto: "Essa formação de chapa não passa pela cabeça do PMDB e acredito que não passe pela cabeça do PT". "O PMDB faz parte dessa chapa e dificilmente aceitará uma participação no processo eleitoral em que não esteja na vice. Essa hipótese não existe", avisa Cunha.

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"O governador [Eduardo Campos] também é um grande gestor, é do Nordeste, sai com a base forte, é um bom nome para qualquer coisa, inclusive para disputar a Presidência. Mas o PMDB não vai aceitar uma aliança da qual ele não faz parte", finaliza.

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