Vereador é preso por dar "jeitinho" em licenças ambientais

Paulo Borges (PMDB), de Goiânia, foi levado nesta sexta-feira em um camburão do prédio onde mora; prisão de Borges é resultado de investigação do MP que apura cobrança de propina para facilitar a liberação de licenças pela Agência Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Goiânia

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Goiás 247 - O vereador Paulo Borges (PMDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (15/2), suspeito de envolvimento em fraude na Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma). A prisão do vereador é um desdobramento da Operação Jeitinho, do Ministério Público de Goiás, com apoio da Polícia Militar. 

As novas diligências foram definidas a partir do aprofundamento das investigações, que apontaram a existência de outros envolvidos no esquema de corrupção. Borges teria sido detido por volta das 6 horas em seu apartamento, no Residencial La Rochelle, na avenida T-4, no no Setor Bueno, em Goiânia.

A polícia cumpre nesta sexta mais um mandado de prisão, dois de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão. Um deles é do também vereador Wellington Peixoto (PSB), que presta depoimento no MP. A operação apura suspeita de fraude por meio da cobrança de propina para liberação de licenças ambientais por parte Amma.

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O cumprimento dos mandados mobiliza cinco promotores de Justiça, servidores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MP, além de 16 policiais militares. Para não prejudicar a apuração, os nomes dos investigados só serão divulgados pelo MP no momento do oferecimento da denúncia, o que deve ocorrer nos próximos dias.

A operação

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Deflagrada em 11 de janeiro deste ano, a Operação Jeitinho teve como objetivo desmontar esquema de cobrança de propina para a venda de “facilidades” no serviço público, como licenciamento ambiental e embargos irregulares de empreendimentos. Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, dois de condução coercitiva e cinco mandados de busca e apreensão, inclusive na sede da Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (Amma). Três dos presos eram servidores do órgão público municipal.

A operação recebeu este nome porque um dos envolvidos foi flagrado dizendo que “tudo no Brasil tem jeitinho”, referindo-se ao pagamento de propinas. Segundo a investigação do Ministério Público, há indícios dos crimes de formação de quadrilha, corrupção, tráfico de influência e concussão (exigir vantagem em decorrência do cargo exercido).

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Outro escândalo

Paulo Borges está envolvido em outra investigação. Em setembro do ano passado o Ministério Público Eleitoral propôs ação de investigação judicial eleitoral requerendo, em caráter liminar, o afastamento do secretário de Habitação de Goiânia, Fernando Santana, até as eleições.

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Na ação, eram apontadas diversas irregularidades ocorridas no âmbito da secretaria envolvendo o favorecimento indevido em doações de casas populares desde a época em que o vereador Paulo Borges estava à frente da pasta. Paulo Borges também foi acionado.

Segundo apontaram os promotores Villis Marra, Saulo Bezerra e Alice de Almeida Freire, o Ministério Público instaurou diversos procedimentos administrativos para apurar denúncias de irregularidades no programa Minha Casa, Minha Vida no período em que Paulo Borges era o secretário.

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Indiferente às muitas suspeitas que recaem sobre o aliado, o prefeito Paulo Garcia (PT) convidou Paulo Borges para ocupar a recém criada Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia.

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