"Procurei, sim, o PSDB"

O analista de sistemas Ricardo Grobman (esq.), entrega ao Ministério Público nesta tarde documentos que, segundo ele, comprovariam o enriquecimento ilícito do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP); ele falou ao 247 e admitiu que, em outubro do ano passado, procurou os tucanos para apresentar denúncias contra o peemedebista, que enfrentava José Serra, do PSDB, na disputa à prefeitura; "mas a denúncia não tinha motivação política, tanto que só está estourando agora"; ele afirma ainda que pretendia sugerir ao jornalista Ivo Patarra, do comitê de José Serra, que fizesse livro semelhante à obra "O chefe" sobre o ex-presidente Lula; "o escândalo Chalita é maior que o mensalão"

"Procurei, sim, o PSDB"
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247 - O analista de sistemas Roberto Grobman, que assessorou o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) na época em que ele foi secretário de Educação, em São Paulo, garante que apresentará, nesta tarde, ao Ministério Público provas que atestam o enriquecimento ilícito do parlamentar. Nesta quarta, o jornal Estado de S. Paulo também revelou que, em outubro do ano passado, no auge da disputa eleitoral em São Paulo, Grobman manteve contato com o jornalista Ivo Patarra, que fazia parte do comitê eleitoral de José Serra, do PSDB. "Procurei, sim, o PSDB, mas minhas denúncias não tiveram motivação política", disse Grobman, ao 247. "Tanto que só estão aparecendo agora, depois das eleições".

Segundo a reportagem do Estado de S. Paulo, Patarra levou Grobman ao Ministério Público, onde, em outubro do ano passado, ele fez as primeiras denúncias contra Chalita, que deram origem a vários inquéritos. Patarra, que recebeu recursos da campanha de Serra, pagos pelo deputado Walter Feldman, que hoje está trocando o PSDB pela Rede de Marina Silva, escreveu o livro "O Chefe", apontando ex-presidente Lula como principal responsável pelo chamado mensalão. "Foi por isso que o procurei", disse Grobman ao 247. "Queria sugerir que escrevesse um livro sobre o Chalita, que é um farsante 24 horas por dia".

Grobman afirma ainda que os escândalos da Secretaria de Educação em São Paulo são maiores do que o mensalão e diz compreender a solidariedade do governador Geraldo Alckmin em relação a Chalita. "É natural, pois o deputado foi um dos secretários mais importantes do governador e acredito que nem ele saiba quem é o verdadeiro Gabriel Chalita", diz. O analista de sistemas diz ter conhecido o deputado em sua intimidade e afirma que se distanciou quando os traços de corrupção começaram a se tornar mais evidentes. "Ele é uma fraude completa. Ele prega o amor, mas é infiel a Deus, à ética, aos princípios e aos amigos", ressaltando que suas denúncias também não são movidas por qualquer mágoa ou relação de natureza pessoal.

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Grobman sabe que suas denúncias têm potencial para arruinar a carreira de Chalita, que era cotado para o Ministério de Ciência e Tecnologia e também para o governo de São Paulo, em 2014, com apoio do próprio PT. "Nunca quis prejudicar ninguém, mas o Brasil precisa ser limpo de uma vez por todas". Desempregado, Grobman sabe que terá dificuldades para se recolocar, mas espera, a partir de agora, ser uma espécie de porta-voz de novas denúncias de corrupção.

Chalita, por sua vez, nega as denúncias e diz que Grobman enfrenta problemas psíquicos.

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