O Congresso Nacional e o lobby dos poderosos
É difícil admitir, mas a realidade no Congresso Nacional é que o lobby dos poderosos tem sido mais forte do que o povo
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Esteio da democracia, o Congresso Nacional, em vez de se restringir à votação de medidas provisórias, deveria cumprir seu verdadeiro papel e buscar resolver questões que interessam a um amplo conjunto da sociedade brasileira, conquistando, assim, maior respeitabilidade.
É inadmissível, por exemplo, que a PEC 300, que estabelece o piso nacional para policiais e bombeiros, já aprovada em primeiro turno, não seja apreciada pelo Plenário da Câmara. É incompreensível, também, que o projeto que versa sobre o imposto sobre grandes fortunas, de autoria da deputada Luciana Genro, já pronto para ser votado, não vá para o debate dos deputados e senadores.
Poderia citar muitos outros assuntos que, se consubstanciados em lei, alterariam de maneira positiva a vida de milhões de brasileiros, como a ampliação da competência das guardas municipais, a proibição da cobrança de assinatura básica de telefonia e a jornada de 30 horas para profissionais de enfermagem.
O Congresso Nacional deveria incluir, ainda, na sua pauta de debates e votações, o fim do fator previdenciário, dispositivo responsável por um corte de, em média, 30% nos vencimentos do trabalhador que se aposenta pelo Regime Geral da Previdência Social. Seria fundamental que o Congresso mergulhasse de cabeça nessa questão e votasse essa matéria, de modo que os trabalhadores brasileiros possam receber uma aposentadoria digna e justa.
É difícil admitir, mas a realidade no Congresso Nacional é que o lobby dos poderosos tem sido mais forte do que o povo.
As reais prioridades do Congresso Nacional deveriam, pois, se voltar para a sociedade, propiciando ao cidadão que ele faça das leis seu instrumento de luta pela justiça social.
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