Ressaca? Ainda não, mas a hora está chegando...

O FED continua provendo dinheiro barato para suportar a economia, dizendo que se parar, a crise pode ser forte. É como se tivéssemos um amigo viciado que precisasse de drogas para se "manter feliz"



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Nesta quinta-feira 23, tivemos uma pequena e tímida amostra do que pode ocorrer com os mercados caso o FED retire (ou diminua) seu programa de estímulo à economia – leia-se QE.

As Bolsas na Ásia e Europa caíram (destaque para o Japão, com queda de mais de 7%) com o medo da retirada do QE e números fracos da economia chinesa.

Se a economia norte-americana estivesse mesmo indo bem, as Bolsas deveriam subir com a possibilidade da retirada de estímulos, já que o mundo seria capaz de crescer sem uma ajuda artificial.

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Essa, na nossa visão, é mais uma amostra da falta de robustez da economia norte-americana, que está sendo suportada artificialmente. Infelizmente achamos que essa brincadeira não acabará bem.

É necessário passar por um ajuste antes de crescer, um ajuste que libere recursos que estão sendo empregados de forma ineficiente e pouco rentáveis para todos. Não é possível que haja uma real retomada do crescimento com tantos estímulos.

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O argumento do viciado continua. O FED continua provendo dinheiro barato para suportar a economia, dizendo que se parar, a crise pode ser forte. É como se tivéssemos um amigo viciado que precisasse de drogas para se "manter feliz". Cada vez ele precisaria de mais e mais para continuar seu barato. E cada vez as drogas surtiriam menos efeito. O certo seria parar de dar drogas a esse amigo e deixá-lo se recuperar – sabendo que ele iria sofrer no curto-prazo, mas iria ficar bem no médio e longo-prazo. Na verdade não há nada de errado com o processo de recuperação – tanto do drogado quanto da economia. A recuperação é amarga justamente para corrigir os efeitos dos excessos da vida anterior. E é mais amarga quanto mais longo for o período de abuso.

O mesmo vale para a economia. Quanto mais o FED demorar para retirar os estímulos, pior ficará a situação e maior será a crise.

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Quando não houver mais maneiras de esconder a inflação e o FED se vir obrigado a subir os juros (ou o mercado o fizer), aí sim a festa acabará – com resultados perversos para todos os participantes.

Acreditamos não somente que o FED não irá retirar os estímulos no curto-prazo, como também poderá aumentá-los.

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