As empresas vão mal, acionistas vão bem
Investidores da GP questionam a companhia porque, apesar dos resultados pífios, executivos recebem bônus milionários; desde a oferta pública inicial de ações (IPO), papeis da empresa, que tem como principais executivos Fersen Lambranho e Antonio Bonchristiano, acumulam queda de 36%
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247 – Após sete anos da abertura de capital, a GP Investimentos enfrenta a insatisfação dos investidores minoritários. Na última reunião com analistas e investidores, a empresa, que completa 20 anos de atividade, recebeu um pedido por conta dos maus resultados de seus papeis: deixar de pagar bônus aos executivos enquanto a situação não melhora.
Desde a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), as ações da a gestora de fundos de private equity, acumulam queda de 36%, ante uma alta de 54% do Ibovespa, informa reportagem do jornal Valor Econômico. A empresa encerrou 2012 com US$ 411 milhões na Bolsa, valor 26% menor do que seu patrimônio líquido.
Um dos acionistas reclama da discrepância entre os resultados apresentados e os salários e bônus distribuídos aos administradores, que receberam US$ 137 milhões desde o IPO, considerando apenas a renda variável, como bônus e planos de opções de ações. Os principais executivos da empresa são Antonio Bonchristiano e Fersen Lambranho.
"Os executivos da GP são os melhores do Brasil em private equity, mas precisam parar de usar a companhia como caixa eletrônico", diz James Gulbrandsen, sócio da gestora americana NCH Capital, que possui participação na GP. Ao receber a sugestão para mudar a política de pagamentos de bônus, Lambranho disse que a empresa não considera mudar o formato de remuneração aos executivos.
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