Mais arte, menos publicidade: Paris e Milão trocam propaganda por obras de arte

Ninguém aguenta mais tantos cartazes de publicidade espalhados por aí. Na Europa, Paris e Milão tomam a iniciativa e substituem cartazes por painéis criados pelo artista francês Etienne Lavie. As ruas, de repente, viram galerias de arte a céu aberto

Ninguém aguenta mais tantos cartazes de publicidade espalhados por aí. Na Europa, Paris e Milão tomam a iniciativa e substituem cartazes por painéis criados pelo artista francês Etienne Lavie. As ruas, de repente, viram galerias de arte a céu aberto
Ninguém aguenta mais tantos cartazes de publicidade espalhados por aí. Na Europa, Paris e Milão tomam a iniciativa e substituem cartazes por painéis criados pelo artista francês Etienne Lavie. As ruas, de repente, viram galerias de arte a céu aberto (Foto: Gisele Federicce)


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1 Parada na Estação Central Para a mostra a céu aberto em Milão, Lavie escolheu obras-primas conservadas nos museus milaneses. Na foto, A fornalha de Vulcano, de Pier Francesco Mazzucchelli Morazzone, 1573/1626 (Pinacoteca do Castelo Sforzesco, Milão.

 

 

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Por: Equipe Oásis

Paris foi a primeira a decidir, há alguns anos, usar espaços até então reservados para a afixar cartazes e painéis de propagandas comerciais para expor obras de arte. O projeto, que foi lançado com um nome divertido – “Meu Deus, quem roubou as minhas propagandas?” – foi imediatamente aceito e aplaudido pela população. Coisa simples de entender: pesquisas em todo o mundo mostram como as pessoas se sentem aturdidas com o excesso de anúncios publicitários em todos os lugares. Anúncios que invadem todos os espaços, não apenas os da mídia, mas também aqueles reservados ao público, ruas, praças, metrôs, etc. Afinal, por que o cidadão é obrigado a ver anúncio em qualquer direção para onde dirija o próprio olhar?

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Capitais mundiais do estilo e do design, Paris primeiro, e Milão agora decidiram dar a seus moradores e a seus visitantes outros estímulos visuais. E, de repente, os logradouros públicos se encheram de reproduções de algumas das obras mais importantes que o gênio artístico criou. Na galeria de imagens abaixo propomos um passeio virtual a essa imensa exposição de arte nas ruas de Milão. O mesmo artista, o francês Etienne Lavie foi encarregado de conceber e desenvolver o projeto. O efeito que ele provoca é extraordinário.

 

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2 Paralelos: o arcanjo e o skater

As obras de Etienne Lavie têm o objetivo de nos fazer refletir sobre aquilo que acontece debaixo dos nossos olhos todos os dias: aquilo que olhamos, aquilo que vemos e ignoramos, aquilo que realmente atrai a nossa atenção. Esta série de fotografias nos propõe uma paisagem urbana mais livre e mais próxima dos moradores. Na foto, Os três arcanjos, de Marco d’Oggiono, início do século 15, Pinacoteca de Brera, Milão.

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3 Eremita no bairro fashion

Em algumas das suas obras Lavie torna-se bastante irônico. Como nesta foto, na qual um santo eremita passa a ocupar o lugar de uma modelo magricela. Na foto, Santo eremita, Jusepe de Rebera também chamado “Espanholzinho”, cerca 1650, Pinacoteca do Castelo Sforzesco.

 

 

4 Êxtase, sem nenhuma maquiagem

Antes, nesse espaço, aparecia um rosto perfeito, maquiado e trabalhado ao Photoshop. Agora, temos um rosto expressivo, dramático, rico de luzes e de sombras. E o rosto de São Francisco em Êxtase, do pintor Francesco Cairo, século 17, Pinacoteca do Castelo Sforzesco.

 

 

5 Amamentar em público?

Claro, qual é o problema? Ainda mais que se trata da Madona amamentando o Menino, de Bernardino Luini, 1465 circa, Pinacoteca Ambrosiana.


 

6 O despertar de Milão

O artista escolheu, entre outros, lugares da cidade que foram motivo de grandes polêmicas. Como o Duomo onde, desde sempre, durante os trabalhos de manutenção, eram expostos painéis publicitários. Na foto: Despertar, Giulio Aristide Sartorio, 1906-1923 (Coleção Fundação Cariplo)


 

7 A Última Ceia

Etienne Lavie preferiu tanto em Paris quanto Milão, usar obras de arte expostas nos museus da própria cidade. Foi um jeito perfeito para aproximar as pessoas das obras de arte. Aqui está o afresco que, hoje, tornou-se o verdadeiro embleme de Milão: A Última Ceia, Leonardo da Vinci, 1494-1498 (Refeitório da Igreja de Santa Maria delle Grazie)



8 A inspiração

Esta é ma das fotografias mais bem sucedidas do projeto: garotos que jogam bola na praça do Cenáculo Vinciano. Acima deles, paira o título da obra: A Inspiração. Na foto: L’Ispirazione, de Antonio Mancini, 1874 (Gallerie d'Italia)



9 A arte alça voo

Lavie não deixou de lado o Aeroporto de Linate. Na foto: O Anjo Músico, de Vincenzo Irolli, 1900-1905 (Gallerie d'Italia)



10 Trancados fora da escola

Esta é a fotografia preferida do artista: meninos milaneses fora da escola. Na foto: Trancados fora da Escola, Emilio Longoni, 1887-1888, Pinacoteca Ambrosiana


 

11 O passeio nas brumas na quinta-feira

O acinzentado da metrópole milanesa em contraste com um dia cheio de sol e propício aos passeios. Na foto: O passeio na quinta-feira (Il Fopponino), Angelo Trezzini, 1869 (Gallerie d'Italia)


12 O artista nômade no metrô

Um artista nômade ganha alguns tostões para tocar horas a fio nos corredores do metrô. Na foto: O Artista Nômade, Domenico Induno (1852), Coleção Fondazione Cariplo


13 Dante e as horas em Porta Veneza

Na foto: Vetrata Dantesca, Giuseppe Bertini, 1851 (Pinacoteca Ambrosiana).


 

14 O Automobillista: o quinto estado?

Na foto: O Quarto Estado, Giuseppe Pellizza da Volpedo, 1901 (Museo del Novecento)



15 O rebanho

Na foto: O Rebanho (A Humanidade), Filippo Carcano, 1906 (Gallerie d'Italia)



16 Giaele e Sisara

Na foto: Giaele e Sisara, Vermiglio Giuseppe, 1620/1635 (Pinacoteca Ambrosiana)


17 Primavera

Na foto: Madalena Penitente, Ticiano, 1533 (Galeria Palatina, Firenze)



 

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