Efeito Lázaro. Animais considerados extintos reaparecem

Achavam que eles estavam extintos há tempos, mas estavam enganados: aqui estão algumas espécies consideradas desaparecidas, e que voltaram a ser observadas depois de muito tempo.

Achavam que eles estavam extintos há tempos, mas estavam enganados: aqui estão algumas espécies consideradas desaparecidas, e que voltaram a ser observadas depois de muito tempo.
Achavam que eles estavam extintos há tempos, mas estavam enganados: aqui estão algumas espécies consideradas desaparecidas, e que voltaram a ser observadas depois de muito tempo. (Foto: Gisele Federicce)


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O takahê é considerado um fóssil vivo. Considerado extinto, reapareceu

 

 

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Por: Equipe Oásis

É simplesmente enorme o número de espécies animais que a ciência considera extintas nas últimas décadas e séculos, sobretudo devido à destruição do seu habitat natural e a caça ilegal. São criaturas que deixaram de ser observadas por longos períodos. Algumas delas, no entanto, voltaram a aparecer.

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O celacanto talvez seja o fóssil vivo mais famoso do mundo

 

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Os cientistas chamam a isso “efeito Lázaro” - do personagem bíblico que foi ressuscitado por Jesus Cristo. E, cada vez que um deles reaparece, trata-se de uma agradável surpresa.

 

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1 O cervo-do-Kashmir (Moschus cupreus) fora observado pela última vez em 1948. Há poucos dias, cinco exemplares da espécie foram vistos nas florestas orientais do Afeganistão, mostrando que eles ainda estão vivos. É o que confirma um estudo da Wildlife Conservation Society. Esse estranho cervídeo, dotado de presas de vampiro – que usa no lugar das galhadas, para competir com os rivais no período da procriação – resistiu à destruição quase completa do seu habitat provocada pela guerra, e à caça ilegal. Há séculos, esse animal é caçado por suas glândulas odoríferas, vendidas a peso de ouro nos mercados negros asiáticos, como remédio da medicina tradicional.

 

 

2 O pecari-do-Chaco. Endêmico das florestas mais isoladas da América do Sul, como as da Bolívia e do Paraguai, o taguá ou pecari-do-Chaco (Catagonus wagneri) é muito sensível à presença humana. Não apenas se descobre onde vive, desaparece daquele habitat. Descrito pela primeira vez – apenas como fóssil – em 1930, acreditava-se que esse animal estava extinto há  milênios. Pode-se imaginar o estupor dos pesquisadores quando ele foi visto de novo, em 1975, no Paraguai. De qualquer forma, esse pecari permanece na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

 

 

 3 Inseto-graveto-da-ilha-de-Lord Howe. Ele é considerado o inseto mais raro do mundo. Considerado extinto desde 1930, o inseto-graveto-da-ilha de Lord Howe (Dryocelus australis), uma pequena ilha do Pacífico, a 600 quilômetros da Austrália, foi redescoberto em 2011 numa colônia de apenas cerca de 30 exemplares. Diferente dos demais insetos-graveto, ele não pode voar, mas é capaz de correr em alta velocidade. As fêmeas, maiores que os machos, têm forma alongada e atingem 15 centímetros. São chamadas “lagostas da terra” e mantêm com os machos uma relação muito particular: o macho permanece todo o tempo agarrado a ela, inclusive quando dormem, entrelaçando as pernas com as da parceira.




4 O petrel-das-Bermudas. Também chamado cahow (Pterodroma cahow) esta ave tornou-se um símbolo de esperança para a conservação da natureza. Considerada extinta desde 1620, foi observada novamente 330 anos mais tarde, na ilha de Nonsuch, no arquipélago das Bermudas, que hoje se transformou em reserva nacional para esse animal. Esse petrel passa a maior parte da sua vida no mar, e volta à terra apenas para nidificar e se reproduzir: esta é a razão pela qual durante séculos foi considerado extinto. Ele permanece, em todo caso, uma espécie sob forte risco de extinção.

 

 

5 O colocolo. Este marsupial pouco maior que um rato possui uma história evolutiva muito particular. Chamado colocolo (Dromiciops gliroides) vive nas florestas úmidas do Chile meridional. Acreditava-se que estava extinto há 11 milhões de anos, quando foi redescoberto na região de bosques densos onde vive. Considerado um verdadeiro fóssil vivo, pensa-se que seja a única espécie que restou da família Microbiotheria, e que seja na realidade originário da Austrália. Teriam chegado à América atravessando a Antártica, onde foram encontrados fósseis desse marsupial.

 

 

6 O takahê. Pássaro da Nova Zelândia, incapaz de voar, mas com plumagem de cores deslumbrantes, o takahê (Porphyrio Hochstetteri) fora observado pela última vez em 1898 e depois declarado extinto. Mas em 1948 foi redescoberto nas proximidades do lago Te Anau, nas montanhas Murchison, na Ilha do Sul, onde existem hoje cerca de 350 exemplares inseridos em um rígido programa de conservação.

 

 

7 O solenodonte-de-Cuba. Descoberto pela primeira vez em 1861, o solenodonte de Cuba (Solenodon cubanus) deixou de ser visto a partir de 1890 até 1970, quando foi declarado ainda existente. Semelhante a um musaranho, pesando cerca de um quilo, esse mamífero tem uma caracteristica insólita: com a saliva ele secreta também um veneno que lhe permite matar suas presas (insetos, aranhas ou pequenos repteis).

 

 

8 A lagartixa-com-crista da Nova Caledônia. Descrita pela primeira vez , após uma violenta tempestade tropical, em 1994. Sua característica principal é uma longa crista que parte da cabeça e vai até a cauda, unida a apêndices similares a cabelos dispostos ao redor dos olhos, como se fossem cílios.

 

 

9 O rato australiano da Nova Holanda. Endêmico de algumas zonas da Austrália e da Tasmânia,  esse mamífero (Pseudomys novaehollandiae) foi descoberto pela primeira vez em 1843. Logo depois ele desapareceu, para surgir de novo em 1967, em um parque ao norte de Sydney. Trata-se de um pequeno roedor classificado como vulnerável na Lista IUCN, pois dele existem apenas cerca de 10 mil indivíduos adultos.

 

 

  

10 Acrocephalus orinus. Muitos ornitologistas dizem que este é o pássaro menos conhecido em todo o mundo. A última vez que ele foi visto foi em 1867, na Índia. Depois, sumiu por completo. Mas, em 2006, foi descoberto um exemplar na Tailândia cujo DNA coincide com o do exemplar originariamente estudado.

 

 

11 A serpente-noturna da ilha Clarión. Mexicana, originária da ilha Clarión, no arquipélago das ilhas Revillagigedo, essa serpente (Hypsiglena ochrorhyncha unaocularu) foi observada pela primeira vez em 1936, mas desde então nunca mais foi vista. A tal ponto que as observações do naturalista que a havia descrito foram classificadas de “fantasia”. Até que, em 2014, uma expedição científica do Smithsonian Institute redescobriu uma pequena colônia desse reptil naquela ilha.

 

 

12 O rato-das-rochas do Laos. Ele foi observado pela primeira vez em 1996, no balcão de um mercado no Laos, como mercadoria à venda. Seu nome local é Kha-nyou ou rato-das-rochas (Laonastes aenigmamus), e desde o início os biólogos que o examinaram notaram nele uma série de características insólitas e curiosas. Em 2006, uma análise sistemática das suas características levou a uma conclusão desconcertante: o animal é, com efeito, o descendente de uma antiga espécie que se acreditava extinta há 11 milhões de anos! Expedições da Wildlife Conservation Society ao Laos trouxeram à luz outros exemplares, e se espera que esse rato seja afinal menos raro de quanto se pensasse.

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