Joinville das sapatilhas. E do pastel de marreco, a Casa do Príncipe e a Cidade das Flores

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Por: Fabíola Musarra

Joinville é um “cantinho” repleto de fascinantes contrastes. Ao mesmo tempo em que é palco do principal festival de dança do país e o maior polo industrial de Santa Catarina, preserva o glamour das tradições dos colonizadores alemães, os imigrantes que ali se instalaram, sobretudo, a partir da segunda metade do século 19.

 

 

O Festival de Dança é um fenômeno à parte em Joinville. Dentro ou fora do palco, trata-se de um evento consolidado pela tradição, pelo profissionalismo e pela pluralidade dos participantes. Concorrer na Mostra Competitiva, apresentar-se na Meia Ponta ou Palcos Abertos nas praças, bairros, shoppings e fábricas ou com um foco voltado a atividade didática. O Festival engloba a realização de cursos e oficinas com fins de aperfeiçoamento profissional, workshops gratuitos para os coreógrafos inscritos no evento, seminários de dança, projetos comunitários, palestras, debates, entre outras ações.

 

 

Mantido com o apoio de patrocinadores e promovido pelo Instituto Festival de Dança de Joinville, o evento reúne mais de seis mil participantes diretos e atrai público superior a 200 mil pessoas numa média de 170 horas de espetáculos, o que inclusive lhe valeu a citação como o Maior Festival de Dança do Mundo no Guinness Book desde 2005.

Vídeo do espetáculo da noite de Abertura do Festival 2015: Escola do Teatro Bolshoi no Brasil - Balé “O Quebra-Nozes”, final do segundo ato

 

Espetáculo da Noite de Gala do Festival 2015: Grupo Italiano Evolution Dance Theater - Espetáculo “Firefly”, com música “Plastic Beach  por Gorillaz 

 

Terminado o Festival de Dança, a vida quotidiana retorna com toda a força a Joinville. Não é difícil perceber os traços da influência germânica na cidade. Em uma caminhada por suas ruas, você inúmeras vezes vai se deparar e se deixar seduzir pela arquitetura de graciosas casas, lojas e outras edificações em estilo enxaimel.

Dificilmente, você também será indiferente à gastronomia local, deixando de ir a um de seus restaurantes para provar pratos alemães, como marreco recheado, eisbein e kassler, só para citar alguns.

 

 

Cafés de Joinville - Aliás, esqueça o regime, a balança e os quilinhos a mais quando estiver em Joinville. Ao entardecer, será impossível resistir aos aromas exalados pelos pães, bolos, tortas, geleias e demais delícias de seus cafés coloniais, outra herança cultural.

Se conseguir superar essa missão impossível, não se esqueça que animadas cervejarias artesanais e barzinhos colorem a cidade, especialmente à noite. Além dos chopes, as porções incluem petiscos como pastel de marreco e tipos variados de salsicha, é claro.

 

 

Tentações à parte, Joinville vive em uma planície ao norte de Santa Catarina, entre a serra e o mar. Bonita por natureza, oferece muitas facilidades para quem deseja desvendar seus tesouros. 

Seu centro guarda vários deles e pode ser tranquilamente percorrido a pé. As distâncias entre as demais preciosidades da cidade não são longas e os táxis são baratos.

Balé Bolshoi - Agora que você sabe disso, é só se aventurar. Como Joinville é sinônimo de dança, comece seu tour no Teatro Bolshoi, a única filial da mais respeitada escola de balé do mundo.

 

 

A visita pelos bastidores da representante da instituição russa no Brasil inclui biblioteca, academia, estúdios de piano e – o mais legal – as salas de aulas, onde você pode assistir os ensaios dos alunos. O gran finale é na sala dos figurinos, onde estão expostas as roupas das montagens encenadas pelo grupo.

Siga, depois, para as ruas centrais. No Museu Nacional de Imigração e Colonização, você viaja ao passado, conferindo objetos usados pelos imigrantes nos tempos da colonização da cidade.

 

 

Casas estilo enxaimel - Porém, é no jardim deste casarão erguido em 1870 para ser o lar do administrador da então colônia, Frederico Brüstlen, que estão as vedetes do museu: o galpão e uma casa enxaimel.

O primeiro te conduz a um passeio pela evolução da indústria local, com direito a conhecer as tecnologias desenvolvidas e usadas pelos imigrantes. Já a segunda reproduz interna e externamente uma típica casa alemã do início do século 20. Na saída, admire outro postal de Joinville: a Rua das Palmeiras, com seus altos, centenários e majestosos exemplares.

A parada seguinte é a Casa Fritz Alt, onde viveu o artista alemão criador de obras públicas, como o “Monumento ao Imigrante”, na Praça da Bandeira. O espaço abriga obras artísticas e objetos pessoais do escultor.

Ainda no centro, dê uma passada na Catedral Metropolitana São Francisco Xavier, de arquitetura futurista, e nas vibrantes lojas de especiarias, produtos típicos e artesanato do Mercado Municipal de 1907.

 

 

Museu Arqueológico de Sambaqui - Reserve um tempo para conhecer o Museu Arqueológico de Sambaqui, onde as peças expostas revelam detalhes da vida do pré-histórico Homem do Sambaqui.

As ruas centrais de Joinville abrigam ainda outras joias, mas você não tem todo o tempo do mundo. Hora de partir para outros bairros. Em Anita Garibaldi, a dica é o Museu Nacional do Bombeiro, onde os destaques são o caminhão- pipa de 1923 e a bomba manual alemã de 1892.

Ainda neste bairro, siga até a Estação Ferroviária. Inaugurada em 1906, a construção de estilo germânico faz parte do patrimônio histórico e artístico brasileiro.

No local ficam ainda os museus da Indústria e da Bicicleta, com modelos de diferentes épocas e países, como o italiano Volcite de 1907 e o construído com porcas.

 

 

Cidade das Flores - Cansou de atividades culturais e quer conhecer outras facetas do lugar? Joinville é carinhosamente chamada de Cidade das Flores. E, de fato, é habitada por praças, jardins e canteiros floridos e bem-cuidados. Muitos deles exibem simpáticos lírios amarelos e orquídeas. Abundantes na região, estas últimas encantaram os imigrantes em sua chegada ao Brasil.

Se as flores fazem parte de suas paixões, a visita à Agrícola da Ilha é obrigatória. Em seu interior, você vai contemplar magnetizantes jardins e aprender sobre o plantio e a manutenção das flores, além de poder adquirir lindas espécies.

Agora, se você é mesmo aficionado pelas mimosas obras criadas pela natureza, visite Joinville em novembro, quando acontece o ápice da floração dos lírios amarelos e a cidade promove a Festa das Flores, um evento realizado há mais de 70 anos.

Joinville também reserva boas surpresas para os amantes de esportes. É um deles? Lá, encontrará campo de golfe, hípica, kartódromo e muitos endereços para praticar desde o tiro (tradição alemã da Idade Média) até os esportes radicais e os náuticos.

 

 

Barco Príncipe - Já na Baía da Babitonga, no bairro de Espinheiros, você pode embarcar em um passeio de barco  ( www.barcoprincipe.com.br ) rumo a São Francisco do Sul, uma das cidades mais antigas do País. O roteiro passa por 14 ilhas e paisagens de águas calmas circundadas pela fauna e flora da Mata Atlântica.

 

 

 

 

Estrada Bonita - O turismo rural também tem seu espaço em Joinville. E é em suas quatro zonas rurais – Estrada Bonita, Estrada Dona Francisca, Vale do Quiriri e Piraí – que as raízes da cidade ecoam mais alto, constituindo-se em um show à parte que merece ser presenciado.

Bucólicas paisagens, trilhas e pesqueiros tingem essas regiões. Pontos de partida para roteiros turísticos, abrigam atrações que podem ser percorridas de carro, bike, trator, cavalo, charrete e carroça. 

A 25 km do centro, a Estrada Bonita é a que oferece melhor infraestrutura. Pelo seu idílico trajeto de 8 km intercalam-se pontes de madeira sobre riachos rodeados por muito verde, restaurantes com comida feita em forno à lenha, pousadas e pequenas propriedades agrícolas abertas à visitação.

Nas visitas, você pode comprar pães, cucas, melados e acompanhar a produção artesanal destes e de outros deleites caseiros. Placas na entrada das propriedades indicam suas especialidades.

 

 

Cidade dos Príncipes - De volta ao centro, saiba que Joinville também é conhecida como a Cidade dos Príncipes. O apelido não é em vão. Em 1843, o príncipe François Ferdinand Philipe, filho do rei francês Louis Philipe, casou-se com a irmã de Dom Pedro 2º, a princesa Dona Francisca, cujo dote incluía as terras que hoje abrigam a cidade.

O casal jamais pisou naquele solo, mas também nunca se opôs ao seu desenvolvimento. As terras foram vendidas em 1848, quando o rei francês, após ser deposto, se viu em dificuldade financeira.

O novo proprietário, o senador alemão Christian Mathias Schroeder, passou a “convidar” seus conterrâneos a viver no território adquirido. Muitos vieram e ajudaram a construir o que a cidade é hoje, um fato que é, por si só, um irrecusável convite a conhecer Joinville. É só ir. 

No Vale dos Vinhedos

Se você planeja ir a Bento Gonçalves (RS), o Hotel Villa Michelon ( www.villamichelon.com.br ) é uma opção. Além de lago com pista de cooper, trilhas, fazendinha, pomar, quadras esportivas e piscina aquecida, o hotel situado no Vale dos Vinhedos abriga o Memorial do Vinho e a Casa do Filó, que resgata a trajetória dos imigrantes italianos na região.

Dicas turísticas em Maresias

A praia de Maresias, em São Sebastião (SP), ganhou um Centro de Informações Turísticas. Instalado na Praça Internacional do Surfe, centro, o posto fornece dicas de passeios e de locais para comer e alugar snorkel e pranchas, por exemplo.

Nova sinalização

Armação de Búzios e Cabo Frio, no Rio de Janeiro, estão com nova sinalização turística. Em Búzios, as placas estão dispostas nas entradas da cidade, na RJ-106. Já em Cabo Frio, podem ser vistas no bairro da Passagem, no Forte São Mateus e na Ponte Nova;

Serviço inédito

A Hplus Hotelaria está disponibilizando um serviço inédito no site www.hplus.com.br, no qual você simultaneamente faz a reserva nos hotéis da rede e adquire as passagens aéreas.

O serviço funciona assim: no box “Reservas” da página principal do site, você clica em “Reserve hotel + aéreo” e informa o hotel, o período de estadia e o aeroporto de embarque e desembarque.

Feito isso, é só conferir na tela as melhores tarifas e fazer as reservas. Caso queira ter mais opções, dê outro clique, e veja na nova página os demais voos oferecidos pelas companhias.

De bike em Fernando de Noronha

Gosta de pedalar? Saiba que já é possível circular de bike na linda ilha de Pernambuco. Recém-implantada, a iniciativa coloca à disposição dos ciclistas oito estações com espaço de convivência e outras 12 de apoio, onde bicicletas estão acessíveis durante 24 horas.

Lançamento da Azul

Roupas, acessórios, miniaturas de aeronaves. Esses e outros produtos com a marca da Azul Linhas Aéreas já estão ao alcance de suas mãos. Ou melhor, de seus bolsos. Para adquirir ou apenas conhecer os itens da linha Azul Collection, é só acessar o site www.lojinhaazul.com.br

Pernoite em Istambul

A Turkish Airline está oferecendo um pernoite em hotel e transfers gratuitos aos passageiros de voos com longas conexões em Istambul – no mínimo dez horas para as classes econômica e comfort, e sete horas para a business class. Para ter direito aos serviços, é preciso ir ao balcão Turkish Airlines Hotel Desk e apresentar a passagem. Informações: www.turkishairlines.com

Seychelles, a joia do Índico

Com praias de múltiplos tons azuis e verdes, esse paraíso também chamado de Joia do Oceano Índico é um destino perfeito para casais apaixonados.

Se você está planejando uma viagem romântica, vale a pena conferir o roteiro da Sonho a 2. Ele prevê, respectivamente, duas e três noites de hospedagem nas ilhas Mahé e Praslin, em Seychelles, além de um day use em Johannesburgo, na África do Sul. Informações: www.sonhosa2.com.br

Passaporte brasileiro

O passaporte brasileiro mudou e agora está com novos visual e mecanismo de segurança, além de valer por dez anos. Em compensação, está custando R$ 257,25, 65% a mais do que o modelo anterior. 

(*) Correspondência para esta seção: https://fabiolamusarra.wordpress.com/

 

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