A era da propriedade está terminando. Modelo “como um serviço” define a sociedade do futuro

Pode imaginar um mundo onde você já não terá um telefone no bolso, mas em vez disso irá pagar a comunicação “como um serviço”? Pode soar como ficção científica, mas empresas de todo o mundo já estão oferecendo moradia, transporte e comunicação “como um serviço”. Um mundo sem smartphones? Pode muito bem acontecer. E mais cedo do que se imagina.

Pode imaginar um mundo onde você já não terá um telefone no bolso, mas em vez disso irá pagar a comunicação “como um serviço”? Pode soar como ficção científica, mas empresas de todo o mundo já estão oferecendo moradia, transporte e comunicação “como um serviço”. Um mundo sem smartphones? Pode muito bem acontecer. E mais cedo do que se imagina.
Pode imaginar um mundo onde você já não terá um telefone no bolso, mas em vez disso irá pagar a comunicação “como um serviço”? Pode soar como ficção científica, mas empresas de todo o mundo já estão oferecendo moradia, transporte e comunicação “como um serviço”. Um mundo sem smartphones? Pode muito bem acontecer. E mais cedo do que se imagina. (Foto: Luis Pellegrini)


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Por: Nordic think tank Demos Helsinki

Fonte: Site https://futurism.com

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No século 20 nós nos acostumamos a uma certa maneira de pensar: se você precisa de alguma coisa, você a compra. Carros, casas, discos, são os nomes desses objetos. A fabricação e a logística eficientes possibilitaram a criação de um super estoque global de objetos como nunca antes acontecera ao longo da história. A propriedade rapidamente se tornou sinônimo daquilo que você é. Tornou-se uma maneira de definir quem você é. Em outras palavras, passamos a ser definidos a partir daquilo que possuímos, e não mais daquilo que somos como pessoas.

Tudo isso ainda permanece válido nos dias de hoje: comprar, acumular e possuir coisas toma uma grande parte de nossas vidas. No entanto, algumas coisas tornaram-se marcadamente diferentes: a maioria de nós parou de comprar CDs e DVDs. Os jovens não estão mais comprando carros. Os livros estão vendendo menos cópias. Muitas coisas que costumávamos comprar e manter em casa já não fazemos.

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Vamos dar uma olhada no que está acontecendo com a música, por exemplo. Os artistas ainda lançam álbuns, mas poucas pessoas realmente compram o álbum físico. Em vez disso, eles podem comprar as músicas digitalmente no iTunes, e uma quantidade crescente de pessoas vai unicamente ouvir a faixa sob demanda. A música é acessada, ela não mais nos pertence na forma de um objeto físico. O mesmo vale para o seu filme favorito. Dez anos atrás você teria comprado um DVD para assistir uma e outra vez. Agora você tem em stand-by no Netflix.

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E este é apenas o começo

As coisas ficam realmente interessantes quando começamos a falar sobre carros em vez de música. Como seria acessar um carro on-demand? Você pode dizer que já temos táxis. Mas um táxi não é tão conveniente quanto o Netflix é. O que seria ter realmente a conveniência de possuir seu próprio carro, sem na verdade possuí-lo?

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Mobility-as-a-Service (MaaS) é um modelo de tráfego sem propriedade. Você paga uma taxa mensal para ele, como com Spotify, dizer o app onde você está indo e obter acesso instantâneo a táxis, Ubers, ônibus, e assim por diante. Tudo está disponível sob demanda e a propriedade não é mais necessária.

 

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Um self-driver do Uber, carro sem motorista


Um mundo uberizado

MaaS faz parte de uma tendência chamada de modelo “como um serviço”. A estrutura começou como uma simples ideia de desenvolvimento de software, quando as empresas começaram a pagar pelo acesso em vez de comprar licenças permanentes para programas de escritório. Agora o mesmo modelo está se movendo para o mundo material. Netflix, Spotify, AirBnb e Uber são, todas elas, empresas “como um serviço”.

Os modelos “como um serviço” tornam-se mais e mais interessantes e viáveis à medida que o número de sensores que nos cercam aumenta. Esse desenvolvimento é muitas vezes chamado de “internet das coisas”. Mas quando consideramos a Internet das coisas sob a perspectiva do desaparecimento de produtos e o aumento de novos modelos de serviço, podemos efetivamente concluir que ela é, de fato, a “internet das não-coisas.”

O que há, então, de tão revolucionário no modelo “como um serviço”? Por que é bom não possuir coisas? Há duas razões principais e elas estão relacionadas: Primeiro, a propriedade nos torna preguiçosos. Em segundo lugar, o planeta não pode mais sobreviver com as pessoas produzindo e consumindo mais e mais coisas.

 


Coisas não necessárias levam ao tédio

Quando compramos coisas que não são essenciais e necessárias, essas coisas quase inúteis facilmente nos levarão ao tédio, a ponto de esquecermos que elas existem, ou, na melhor das hipóteses, as usaremos ocasionalmente, apenas porque as possuímos. On-demand significa usar coisas quando realmente precisamos delas. Isso leva a uma utilização mais eficaz dos recursos. O site de locações e hospedagens AirBnb faz com que mais pessoas usem o mesmo apartamento e Uber faz com que mais pessoas usem o mesmo carro.

Em primeiro lugar – e poucos sabem disso – é preciso uma grande quantidade de recursos naturais para se fabricar um carro, construir uma casa ou criar um smartphone. E estamos agora diante de um fato incontestável: Estamos ficando sem esses recursos. É por isso que as plataformas digitais “como um serviço” constituem uma grande promessa. No futuro, o modelo “como um serviço” irá revolucionar algumas áreas de nossas vidas que são completamente insustentáveis ??agora, como habitação, mobilidade e comunicações.

Você pode imaginar um mundo onde você já não terá um telefone no bolso, mas em vez disso irá pagar a comunicação “como um serviço”? Pode soar como ficção científica, mas empresas de todo o mundo já estão oferecendo habitação, transporte e comunicação “como um serviço”. Um mundo sem smartphones? Pode muito bem acontecer. E mais cedo do que se imagina.

 

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