Reunião entre Dilma e Pezão incomoda aliados

Presença de prefeitos peemedebistas em jantar marcado para esta quinta-feira entre o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e a presidente Dilma causa constrangimento entre aliados de Pezão e da candidata à reeleição; isso porque, no Rio, o PMDB está coligado com o PSDB, de Aécio Neves; além disso, a reunião pode influenciar negociações do comitê presidencial do PT com o PR e o PRB, aliados nacionais, mas que têm candidatos no estado contra o petista Lindberg Farias

Brasília - DF, 08/04/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, Pezão. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília - DF, 08/04/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, Pezão. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 – A presença de prefeitos peemedebistas em jantar marcado para esta quinta-feira (24) entre o governador do Rio e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e a presidente Dilma Rousseff (PT), pode causar constrangimento entre aliados do gestor e da candidata à reeleição. Isso porque, no terceiro maior colégio eleitoral do País, o partido de Pezão está coligado com o PSDB, do senador e presidenciável Aécio Neves (MG), enquanto os petistas têm como candidato o senador Lindberg Farias, cuja chapa majoritária tem o PSB, do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato ao Palácio do Planalto. Em nível nacional, o PMDB apoia Dilma.

O fato de prefeitos que estiveram no encontro "Aezão" (expressão para simbolizar a união entre Aécio e Pezão) marcarem presença na reunião com Dilma pode influenciar nas negociações do comitê presidencial do PT com outros dois candidatos ao governo do Rio, que integram legendas aliadas nacionalmente ao Partido dos Trabalhadores, e, em nível regional, têm postulantes que disputarão contra Lindberg. São eles: o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). 

O governador disse não ver o encontro "como uma crise na aliança, como vem sendo colocado". "É natural que todos os prefeitos ouçam os candidatos agora. É uma oportunidade única de estar pessoalmente com ela, numa agenda que é difícil qualquer prefeito ter", disse Pezão, em entrevista ao jornal O Globo.

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O PRB, por exemplo, teria dito que não impedirá a participação de seus quatro prefeitos em outro encontro com Dilma, porém pretende analisar os casos no conselho de ética da legenda. A posição do partido está alinhada com o PT-RJ, que também revelou a possibilidade de abrir um processo disciplinar contra os dez prefeitos da sigla no Rio, caso os chefes de Executivos municipais compareçam à reunião com a presidente, nesta quinta-feira (24). Ou seja, de acordo com os petistas fluminenses, apesar de o PT ter candidatura própria ao Palácio Guanabara, a presença de gestores municipais no encontro com Dilma significa um ato em favor de Pezão, adversário de Lindberg e apoiado por Aécio.

Segundo o governador, "os prefeitos que foram lá ouvir o senador Aécio Neves vão ouvir a presidente Dilma, e se precisar vão ouvir o Pastor Everaldo (PSC). "Eu vejo com naturalidade. Eu fui prefeito, nunca deixei de ir a nenhuma reunião por orientação partidária. Não vejo como uma crise na aliança como tá sendo colocado", afirmou Pezão.

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