Operação prende 22 PMs. Entre eles, o chefe do COE

Foram presos no Rio o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira (foto), considerado o terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar, e o subcomandante do 3º Batalhão do Méier, major Carlos Alexandre de Jesus; ao todo, 22 policiais foram detidos suspeitos de cobrarem propina de comerciantes, empresários e ambulantes da zona oeste; Operação Compadre visa cumprir 25 mandados de prisão, sendo 24 contra PMs, entre eles, seis oficiais superiores, além de 43 buscas e apreensões

Foram presos no Rio o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira (foto), considerado o terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar, e o subcomandante do 3º Batalhão do Méier, major Carlos Alexandre de Jesus; ao todo, 22 policiais foram detidos suspeitos de cobrarem propina de comerciantes, empresários e ambulantes da zona oeste; Operação Compadre visa cumprir 25 mandados de prisão, sendo 24 contra PMs, entre eles, seis oficiais superiores, além de 43 buscas e apreensões
Foram presos no Rio o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira (foto), considerado o terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar, e o subcomandante do 3º Batalhão do Méier, major Carlos Alexandre de Jesus; ao todo, 22 policiais foram detidos suspeitos de cobrarem propina de comerciantes, empresários e ambulantes da zona oeste; Operação Compadre visa cumprir 25 mandados de prisão, sendo 24 contra PMs, entre eles, seis oficiais superiores, além de 43 buscas e apreensões (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247, com Agência Brasil – Foram presos no Rio o chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, e o subcomandante do 3º Batalhão do Méier, major Carlos Alexandre de Jesus, além de 22 policiais militares suspeitos de cobrarem propina de comerciantes, empresários e ambulantes da zona oeste da capital fluminense.

A Operação Compadre tem como finalidade de cumprir 25 mandados de prisão, sendo 24 contra policiais militares (PMs), entre eles, seis oficiais superiores, além de 43 buscas e apreensões. A ação conta também com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais.

De acordo com as investigações, os policiais envolvidos na quadrilha prejudicavam o policiamento ostensivo no bairro de Bangu, deixando de servir à população, ignorando o combate ao transporte irregular de pessoas por vans ou kombis em situação ilegal, por mototaxistas, inclusive pelo uso de motocicletas com a documentação irregular, roubadas, furtadas ou com chassis adulterados.

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A ação é um desdobramento da Operação Compadre, deflagrada pela Subsecretaria de Inteligência da SSP em abril de 2013, quando foram expedidos 78 mandados de prisão, 53 deles contra PMs, para desarticular quadrilha que fazia cobranças de propina aos feirantes e comerciantes com mercadorias ilícitas.

De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP, a quadrilha é formada por 24 PMs que integravam o 14° Batalhão. A denúncia foi encaminhada à 1ª Vara Criminal de Bangu.

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Entre os denunciados estão seis oficiais que eram lotados no 14° BPM: o ex-comandante coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o ex-subcomandante major Carlos Alexandre de Jesus Lucas – ambos lotados atualmente no Comando de Operações Especiais –, os majores Nilton João dos Prazeres Neto (chefe da 3ª Seção) e Edson Alexandre Pinto de Góes (coordenador de Operações), além dos capitães Rodrigo Leitão da Silva (chefe da 1ª Seção) e Walter Colchone Netto (chefe do Serviço Reservado). Também são acusados de integrar a quadrilha18 praças e um civil.

Entre 2012 e o segundo semestre de 2013, os acusados e mais 80 pessoas, entre eles os policiais do 14° BPM, da 34ª DP (Bangu), da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, além de PMs reformados, praticavam diversos crimes de concussão (extorsão cometida por servidor público).

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A quadrilha exigia propinas que variavam entre R$ 30 e R$ 2.600. Eram cobradas diárias, semanal ou mensal, como garantia de não reprimir qualquer ação criminosa, seja na atuação de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizados, o transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu.

De acordo com a denúncia, baseada em depoimentos de testemunhas, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial compõem mais de 20 volumes de inquérito.

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"O 14° BPM foi transformado em verdadeiro 'balcão de negócios', numa verdadeira 'sociedade empresária S/A', em que os lucros eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de diversas equipes policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo. A principal parte era repassada para a denominada 'Administração', ou seja, os oficiais militares integrantes do 'Estado Maior', que detinham o controle do 14º BPM, os controles das estratégias, das equipes subalternas e do poder hierárquico".

Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu por crime de associação criminosa armada, que não consta do Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de reclusão. Os integrantes da quadrilha também serão responsabilizados, pelo Ministério Público, por diversos crimes de concussão, que serão apurados pela Auditoria de Justiça Militar Estadual.

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