PMs também cobravam propina do time do Bangu
Policiais Militares do Rio cobram propina não apenas para empresários, mototaxistas e camelôs, como também do Bangu Atlético Clube; o time da Zona Oeste do Rio tinha de pagar para realizar festas em sua sede oficial sem fiscalização da PM; Ao receberem propina do clube, os agentes da delegacia não atuariam na repressão à entrada de crianças e adolescentes e à venda de bebidas alcoólicas na festa do clube
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Rio 247 - Policiais Militares do Rio cobram propina não apenas para empresários, mototaxistas e camelôs, como também do Bangu Atlético Clube. O time da Zona Oeste do Rio tinha de pagar para realizar festas em sua sede oficial sem fiscalização da PM. Segundo a denúncia, o ex-chefe do setor de investigações da delegacia e "homem de confiança" do então delegado titular da distrital, Jader Machado Amaral, manteve contato direito por telefone com o presidente do clube, Antônio Carlos Gomes de Assis, para negociar o pagamento de propina. Ao todo, 22 PMs foram presos, além do agora ex-chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira.
O contato teria sido negociado antes do carnaval de 2013. Ao receberem propina do clube, os agentes da delegacia não atuariam na repressão à entrada de crianças e adolescentes e à venda de bebidas alcoólicas na festa do clube. Segundo o jornal Extra, o presidente do conselho diretor do Bangu, Jorge Varela, disse, por telefone, que desconhece o pagamento do clube a policiais civis no ano passado.
As investigações são feita em uma ação conjunta entre Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Segurança Pública e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
A promotoria do Gaeco também acusa do sargento Jorge José de Oliveira Santos de ter uma "escala fantasma" com o objetivo de ter direito a uma parte do pagamento de propinas recebidas pelos policiais civis. De acordo com a denúncia, Jorge "integrava, de forma anômala e irregular, equipes de 'policiamento civil' da 34ª DP". Para atingir seu objetivo, ele entregava intimações policiais e contribuía "na forma ativa, na intimidação daqueles que não concordavam em pagar as propinas para o grupo criminoso".
Também aparece entre os investigados o delegado Jader Machado Amaral, suspeito de ter uma "relação de confiança" com o chefe de investigação, inspetor Carlos Antonio Torres, conforme a denúncia. Mas, de acordo com a Polícia Civil, atualmente, Jader está lotado na Delegacia de Combate às Drogas e não existe nenhum procedimento aberto contra ele na Corregedoria Interna da Polícia Civil.
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