Pezão critica cardeais e defende PMDB renovado
Candidato ao governo do Rio, que apoia Dilma formalmente, faz elogios a Aécio Neves; diz que uma eventual eleição do tucano não seria um "retrocesso" nem ameaça aos programas sociais, embora acredite que a petista fará um segundo mandato muito melhor; sobre o "Aezão", que prega voto nele e em Aécio, afirma que o movimento foi estimulado pelo PT na medida em que saiu da aliança dele, abrindo espaço para as entradas de PPS, DEM e PSDB, que lhe proporcionaram bons tempos na propaganda gratuita
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247 - Governador fluminense e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disparou neste sábado (18) contra os “cardeais antigos” de seu partido. Segundo ele, a sigla deve se renovar, reduzindo o espaço da velha guarda, e lançar um candidato à Presidência da República em 2018. Pezão diz que defende Dilma Rousseff (PT) por conta de seu relacionamento pessoal com a petista e por conta da decisão do PMDB nacional de manter a aliança.
Apesar do apoio a Dilma, Pezão disse em entrevista à Folha que uma eventual eleição do tucano Aécio Neves (PSDB) não seria um "retrocesso" nem ameaça aos programas sociais, segundo defende a campanha do PT. Para ele, o Brasil já ultrapassou essas querelas, com Lula dando continuidade a políticas públicas do ex-presidente Fernando Henrique. E completa: “Ele (Aécio) fez um bom governo em Minas, é uma pessoa que foca muito a gestão. E ele tem bons quadros. Tem um extraordinário, que eu considero um dos melhores do Brasil, que é o Anastasia.”
Diferente do conterrâneo Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Pezão disse Dilma não comete erros na campanha. “Eu converso muito com ela, acho que ela se saiu muito bem. Uma pessoa que nunca tinha tido um cargo eletivo ser logo presidente. Você vê a dificuldade que o Lula teve no primeiro mandato. Acho que ela fará um segundo mandato muito melhor que o primeiro”, argumenta.
Pezão disse ter ótimo relacionamento com Dilma e Aécio, mas apóia a atual presidente porque foi alguém com quem teve um relacionamento extraordinário. “Nós assinamos de parceria nos últimos meses mais de R$ 10 bilhões de obras. A gente fez uma agenda que ajudou muito o Estado do Rio, e vai continuar a ajudar. Tudo o que levamos de pleito para ela foi atendido. Só tenho a agradecer. Por que não vou apoiá-la?”, questiona.
Sobre o “Aezão”, tendência que prega voto nele e em Aécio, à revelia de seu acordo com Dilma, disse que o movimento foi estimulado pelo PT. “Desde o momento em que o PT saiu da minha aliança, abriu espaço para entrarem o PPS, o DEM e o PSDB, que dão um tempo bom de TV e uma base forte. Eu tinha cinco candidatos a presidente na minha coligação. Em primeiro lugar, meu partido é o Rio de Janeiro.”
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