Caso Eike: juiz afastado considera desbloqueio de bens 'suspeito' e 'covarde'

Flagrado dirigindo o Porsche de Eike Batista, juiz Flávio Roberto de Souza disse, também, um dia depois de seu substituto, o juiz Vitor Valpuesta, desbloquear os bens do empresário, que a decisão o fez "acreditar menos ainda na Justiça"; segundo o TRF, Valpuesta não vai se manifestar, mas garante que há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais"; a defesa de Eike afirmou que a posição de Flávio mostra que ele nunca teve condições de ser juiz  

Flagrado dirigindo o Porsche de Eike Batista, juiz Flávio Roberto de Souza disse, também, um dia depois de seu substituto, o juiz Vitor Valpuesta, desbloquear os bens do empresário, que a decisão o fez "acreditar menos ainda na Justiça"; segundo o TRF, Valpuesta não vai se manifestar, mas garante que há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais"; a defesa de Eike afirmou que a posição de Flávio mostra que ele nunca teve condições de ser juiz
 
Flagrado dirigindo o Porsche de Eike Batista, juiz Flávio Roberto de Souza disse, também, um dia depois de seu substituto, o juiz Vitor Valpuesta, desbloquear os bens do empresário, que a decisão o fez "acreditar menos ainda na Justiça"; segundo o TRF, Valpuesta não vai se manifestar, mas garante que há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais"; a defesa de Eike afirmou que a posição de Flávio mostra que ele nunca teve condições de ser juiz   (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 - O juiz afastado do caso Eike Batista, Flávio Roberto de Souza, disse na última quinta-feira (30), um dia depois de seu substituto, o juiz Vitor Valpuesta, desbloquear os bens do empresário, que a decisão foi um ato "covarde" e "suspeito". De acordo com o Tribunal Regional Federal, Valpuesta não vai se manifestar, mas garante que há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais". A defesa de Eike afirmou que a posição de Flávio mostra que ele nunca teve condições de ser juiz.

O magistrado também acusou o suplente de ser inexperiente e afirmou que a decisão o fez "acreditar menos ainda na Justiça". A decisão de Valpuesta determinou a devolução de bens de Eike como carros importados – inclusive o Porsche onde Flávio foi flagrado dirigindo –, além de cerca de R$ 130 mil em dinheiro.

O Ministério Público Federal informou, em março, que Flávio Roberto confessou ter desviado cerca de R$ 1 milhão dos cofres da 3ª Vara Criminal Federal, onde tinha sido guardado o dinheiro apreendido de Eike. O juiz afirmou nunca ter mexido no dinheiro, mas admitiu ter errado ao delegar funções a seus assessores, que tinham acesso às senhas do cofre e computador.

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"Foi uma conversa minha com o corregedor. Deleguei todas as funções aos meus assessores. Eles tinham minha senha para acessar minhas decisões no computador e senha do cofre. Se for para culpar alguém, assumo a culpa, porque deleguei essas funções a eles. Não estava certo eu dar minha senha de acesso ao cofre e do computador", acrescentou.

Acusações

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Souza disse ao G1 que Vitor Valpuesta demonstrou medo ao saber da possibilidade de o processo de Eike Batista cair em suas mãos. "É colocado um processo na mão de um juiz sem experiência, que acabou de entrar na magistratura. Eu falava que o processo deveria cair para ele (antes de seu afastamento). Ele falava pra mim, sempre, que jamais se sentiria em condições de julgar esse tipo de processo. Pra mim é suspeito. Das duas uma, ou ele não sabe o que está fazendo ou está fazendo o que os advogados (de Eike Batista) querem", disparou.

O Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro informou, também ao G1, que, por princípio dos juízes, há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais". O órgão disse, ainda, que "não se manifesta sobre decisões judiciais proferidas, bem como comentários de cunho pessoal que não representam a instituição".

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A defesa de Eike disse que a manifestação de Flavio Roberto é descabida. "Ele não é parte do processo. Ele deveria se preocupar em defender a ação penal a que responde. Essas declarações dele só demonstram que ele nunca teve condições de ser juiz", afirmou Rafael Mattos, um dos advogados de Eike.

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