Piora acesso ao seguro-desemprego no Rio

Dificuldade de agendamento, espera para atendimento e burocracia são as principais queixas do segurado para acessar o seguro-desemprego no Rio de Janeiro, desde que as 56 unidades estaduais do Sistema Nacional de Emprego (Sine) deixaram de atender no início dessa semana; o motivo do fechamento foi devido ao término do contrato de gestão dos postos da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) com o Instituto Brasileiro de Administração e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (Ibap); Ministério do Trabalho diz que somente os demitidos há mais de 90 dias podem ser atendidos sem agendamento; os demais devem agendar uma visita pela internet

Dificuldade de agendamento, espera para atendimento e burocracia são as principais queixas do segurado para acessar o seguro-desemprego no Rio de Janeiro, desde que as 56 unidades estaduais do Sistema Nacional de Emprego (Sine) deixaram de atender no início dessa semana; o motivo do fechamento foi devido ao término do contrato de gestão dos postos da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) com o Instituto Brasileiro de Administração e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (Ibap); Ministério do Trabalho diz que somente os demitidos há mais de 90 dias podem ser atendidos sem agendamento; os demais devem agendar uma visita pela internet
Dificuldade de agendamento, espera para atendimento e burocracia são as principais queixas do segurado para acessar o seguro-desemprego no Rio de Janeiro, desde que as 56 unidades estaduais do Sistema Nacional de Emprego (Sine) deixaram de atender no início dessa semana; o motivo do fechamento foi devido ao término do contrato de gestão dos postos da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) com o Instituto Brasileiro de Administração e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (Ibap); Ministério do Trabalho diz que somente os demitidos há mais de 90 dias podem ser atendidos sem agendamento; os demais devem agendar uma visita pela internet (Foto: Leonardo Lucena)


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Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Dificuldade de agendamento, espera para atendimento e burocracia são as principais queixas do segurado para acessar o seguro-desemprego no Rio de Janeiro, desde que as 56 unidades estaduais do Sistema Nacional de Emprego (Sine) deixaram de atender no início dessa semana.

O motivo do fechamento foi devido ao término do contrato de gestão dos postos da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) com o Instituto Brasileiro de Administração e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (Ibap) que terminou no dia 14/05. Quem precisar do serviço deve procurar um dos 56 postos espalhados pelo estado vinculados ao Ministério do Trabalho, sendo dez na capital e sete nas agências da prefeitura do Rio.

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Na sede do Ministério do Trabalho, no centro da capital, a orientação é que somente os demitidos há mais de 90 dias podem ser atendidos sem agendamento. Os demais devem agendar uma visita pela internet. Quem não fizer o requerimento em até 120 dias, após a demissão, perde o direito.

Desempregada desde de dezembro do ano passado, Thaiza Dinís, 21 anos, reclamou que desde o início do ano enfrenta problemas para agendar o atendimento e teme perder o benefício.

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"Já é a segunda vez que venho e não consigo dar entrada no seguro. Ontem eles falaram que poderia resolver tudo em um dia. Hoje (22) me disseram que ganhei outro prazo e já tenho outra data para tentar fazer a homologação e tentar agendar pelo site."

"Eles disseram para acessar o site depois da 0h, mas para não passar da 0h10. Enquanto isso vai passando o tempo e daqui a pouco não vou ter direito a nada", disse.

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Apesar da grande rotatividade em busca de informação e atendimento, a fila era pequena. Alguns já haviam ido ao local, mais de uma vez, sem conseguir o benefício. "Estou tentando o seguro-desemprego há mais ou menos um mês. Há dez dias, consegui fazer o agendamento nesse posto. Cheguei às 4h e fui atendido às 10h, porque o sistema estava fora do ar. Vim hoje, mas terei que voltar na semana que vem, porque ficou faltando um documento. A burocracia é muito grande," obervou Carlos Alberto da Silva, 44 anos, que perdeu o emprego de manobrista em janeiro desse ano.

"Vim na terça-feira (19) e a fila estava enorme. Cheguei às 10h30 e só fui atendida às 14h, porque o sistema estava fora do ar. Consegui agendar para hoje, estão dizendo que meu nome não consta na lista", relatou Lúcia da Silva Souza, 36 anos, que perdeu o emprego em janeiro na área de serviços gerais. Funcionários no local comentaram que a queda no sistema de dados e da internet costuma ocorrer com frequência, o que piora mais o serviço.

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A Setrab informou que nomeou na terça-feira (19), como medida emergencial, servidores para atuação nos Postos do Rio Poupa Tempo, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Energia Indústria e Serviços (Sedeis), na emissão de carteira de trabalho e concessão de seguro-desemprego. O processo para reabertura dos serviços nestes pontos está em andamento.

Estudos para nova licitação de gerenciamento dos postos SINE começaram em janeiro e o processo se encontra na Comissão de Programação Orçamentária e Financeira do Estado do Rio de Janeiro (Copof). Não foi dado prazo para nova contratação. Foi criada uma Comissão de Avaliação para investigar por parte do Ibap, as obrigações acordadas. A equipe fará, ainda, levantamento para definir valores, que caso o instituto pode receber. Nenhum representante do Ibap-Rj foi encontrado para comentar o assunto.

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O Sine/Setrab atendeu, em 2014, a 257.029 trabalhadores para emissão do seguro-desemprego. Em 2015 a média mensal foi de cerca de 18 mil atendimentos.

Até o fechamento dessa matéria a Agência Brasil não teve informações do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o assunto.

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