Rio tem protesto contra fechamento de estaleiro

O encerramento das atividades do Estaleiro Eisa-Petro Um (antigo Mauá), em Niterói, mobilizou trabalhadores da empresa, que se concentraram nas imediações da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro; eles querem posicionamento da estatal, principal cliente do estaleiro; o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí agendou para os próximos dias 6 e 7 manifestações na sede da entidade, para discutir os rumos do movimento

O encerramento das atividades do Estaleiro Eisa-Petro Um (antigo Mauá), em Niterói, mobilizou trabalhadores da empresa, que se concentraram nas imediações da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro; eles querem posicionamento da estatal, principal cliente do estaleiro; o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí agendou para os próximos dias 6 e 7 manifestações na sede da entidade, para discutir os rumos do movimento
O encerramento das atividades do Estaleiro Eisa-Petro Um (antigo Mauá), em Niterói, mobilizou trabalhadores da empresa, que se concentraram nas imediações da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro; eles querem posicionamento da estatal, principal cliente do estaleiro; o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí agendou para os próximos dias 6 e 7 manifestações na sede da entidade, para discutir os rumos do movimento (Foto: Leonardo Lucena)


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Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

O encerramento das atividades do Estaleiro Eisa-Petro Um (antigo Mauá), em Niterói, anunciado na noite de ontem (2), mobilizou hoje (3) trabalhadores da empresa, que se concentraram nas imediações da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro. Eles querem posicionamento da estatal, principal cliente do estaleiro. O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí agendou para os próximos dias 6 e 7 manifestações na sede da entidade, para discutir os rumos do movimento.

A Transpetro informou, em nota, que está "rigorosamente em dia" com suas obrigações contratuais com o estaleiro, e a assessoria de imprensa acrescentou que a empresa não daria maiores informações sobre o estaleiro, nem sobre os navios a ele encomendados. Segundo o sindicato, a encomenda é de 11 navios, dos quais três estão em fase de finalização e oito têm contratos assinados.

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O presidente do sindicato, Edson Rocha, disse que foram demitidos mil funcionários do Eisa-Petro Um, terça-feira da semana passada (23). Ontem (2), adiantou, era a data limite para o pagamento dos demitidos, mas a empresa não pagou, e no final do expediente os 2 mil trabalhadores que ainda trabalhavam normalmente encontraram, na saída, a empresa sendo fechada com tapumes e a segurança patrimonial entregou um documento a cada trabalhador. O Departamento Jurídico do sindicato informou, entretanto, que hoje (3) foi paga uma parcela das rescisões a alguns operários, embora não tivesse sido feita homologação.

Na carta circular distribuída aos operários, o estaleiro comunicou que estava atravessando uma crise financeira “cada vez mais profunda”, motivada pelo desequilíbrio dos contratos atuais e pela indefinição na liberação dos contratos para construção dos oito navios. “Soma-se a isso a situação atual do Brasil, e especificamente da indústria naval, onde estão cortando investimentos e enviando obras para serem realizadas no exterior”. Por isso, o estaleiro informou o encerramento momentâneo das atividades, “até que se consiga achar uma saída que possa garantir as mínimas condições de trabalho que todos merecem”.

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Ao encontrar hoje pela manhã as instalações do estaleiro lacradas, Edson Rocha convocou os trabalhadores para a praça em frente ao prédio da Transpetro, para pedir à estatal –única cliente do estaleiro – que diga o que aconteceu, uma vez que o estaleiro não recebe nem fala com ninguém. "Nós merecemos esse respeito”, disse Rocha, pois não acredita que a Transpetro tenha sido pega de surpresa pela decisão do Eisa-Petro Um, como ocorreu com os trabalhadores.

Além dos mil funcionários demitidos, o estaleiro tem outros 2 mil trabalhadores que, segundo definiu o presidente do sindicato, “estão no limbo. Não sabem se foram demitidos, se continuam trabalhando. Não receberam qualquer tipo de documento”.

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A advogada do sindicato, Daniele Gabrich Gueiros, informou que há algum tempo a conduta do Eisa, em relação a seus funcionários, vem chamando a atenção. O estaleiro já foi alvo de denúncias à Justiça, pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho, por irregularidades no cumprimento dos direitos trabalhistas e sociais, meio ambiente de trabalho precário, falta de segurança e de notificação de acidentes do trabalho, entre outros motivos. As ações pediam que a empresa adequasse a sua conduta, o que não ocorreu, segundo a advogada.

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