Denúncia em Angra atinge cúpula do PMDB
De acordo com a Procuradoria Geral da República, caciques do partido receberam propina de empreiteiras por meio de contrato da usina nuclear do Rio de Janeiro; contribuição financeira ao partido teria sido solicitada pelo almirante Othon Pinheiro, presidente licenciado da Eletronuclear, ao empresário Ricardo Pessoa, da UTC, que liderava o consórcio vencedor da licitação para a retomada das obras, paradas desde 1980; em acordo de leniência, a Camargo Corrêa também citou novos executivos de empreiteiras participantes do cartel de Angra 3
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Rio 247 – Denúncia de propina por meio de contrato das obras da usina Angra 3, do Rio de Janeiro, atinge a mais alta cúpula do PMDB. De acordo com a Procuradoria Geral da República, integrantes do partido teriam recebido dinheiro por meio do almirante Othon Pinheiro, presidente licenciado da Eletronuclear, responsável pela retomada das obras que estavam pardas desde 1980.
Segundo reportagem da revista Época deste fim de semana, Othon Pinheiro disse ao empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, que liderava o consórcio vencedor da licitação para a retomada das obras: "Vocês estão muito bem qualificados, vão ganhar, então vocês vão precisar contribuir para o PMDB".
O Ministério Público tem evidências, segundo a revista, de que os senadores Renan Calheiros, Edison Lobão e Romero Jucá receberam propina. Ainda de acordo com Época, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao STF autorização para investigar Jucá nas próximas semanas. Os parlamentares negam com veemência qualquer participação no esquema de corrupção.
Ainda sobre o caso de Angra 3, a Camargo Corrêa também citou novos executivos de empreiteiras participantes do cartel da usina em acordo de leniência com a Justiça, informa reportagem do Estadão deste sábado 5. A empreiteira deu 18 nomes ligados a UTC, Odebrecht, Techint, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e EBE que teriam participado do cartel na Eletronuclear.
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