Latrocínio: um pesadelo para quem mora em Niterói

Dados do Instituto de Segurança Pública, o número de latrocínios (roubos com morte) quase quadruplicou na cidade: de janeiro a agosto deste ano, foram 11 casos, contra apenas três no mesmo período do ano passado; prefeito Rodrigo Neves afirma que a cidade tem sido invadida por bandidos fugitivos de áreas do município do Rio onde foram implantadas UPPs; chefe do Executivo sugere um batalhão exclusivo para a cidade, com o dobro da tropa atual, pois a patrulha na região também é dividida com o município de Maricá

Dados do Instituto de Segurança Pública, o número de latrocínios (roubos com morte) quase quadruplicou na cidade: de janeiro a agosto deste ano, foram 11 casos, contra apenas três no mesmo período do ano passado; prefeito Rodrigo Neves afirma que a cidade tem sido invadida por bandidos fugitivos de áreas do município do Rio onde foram implantadas UPPs; chefe do Executivo sugere um batalhão exclusivo para a cidade, com o dobro da tropa atual, pois a patrulha na região também é dividida com o município de Maricá
Dados do Instituto de Segurança Pública, o número de latrocínios (roubos com morte) quase quadruplicou na cidade: de janeiro a agosto deste ano, foram 11 casos, contra apenas três no mesmo período do ano passado; prefeito Rodrigo Neves afirma que a cidade tem sido invadida por bandidos fugitivos de áreas do município do Rio onde foram implantadas UPPs; chefe do Executivo sugere um batalhão exclusivo para a cidade, com o dobro da tropa atual, pois a patrulha na região também é dividida com o município de Maricá (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 – O pesadelo volta a assombrar quem mora no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com Instituto de Segurança Pública, o número de latrocínios (roubos com morte) quase quadruplicou na cidade: de janeiro a agosto deste ano, foram 11 casos, contra apenas três no mesmo período do ano passado. O prefeito Rodrigo Neves afirma que a cidade tem sido invadida por bandidos fugitivos de áreas do município do Rio onde foram implantadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ao citar um exemplo, o chefe do Executivo diz que a Favela Caramujo estaria sendo controlada por traficantes oriundos do Complexo do Alemão, na capital fluminense.

Em Niterói, pelo menos três pessoas foram assaltadas na manhã de segunda-feira (6), no bairro de São Francisco, depois de serem interceptadas na rua por criminosos que estavam num carro. A suspeita é que os bandidos sejam da comunidade Caramujo, a cerca de oito quilômetros de distância, pois uma das vítimas rastreou o celular roubado e o localizou numa rua da comunidade.

Na mesma favela, traficantes assassinaram uma empresária, no sábado à noite (3), que entrou por engano no lugar, ao seguir um aplicativo de trânsito. Moradores e comerciantes reclamam da falta de policiamento no município.

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Atualmente, o 12º BPM (Niterói) conta com 1.040 homens, que também são responsáveis por patrulhar o município de Maricá. Somando-se a população das duas cidades, dá um PM para cada grupo de 591 habitantes. No entanto, referências mundiais apontam como necessária a proporção de um para cada 333. Para efeitos de comparação, no município do Rio, a relação está em um policial para cada grupo de 291 moradores, segundo informações do Globo.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, se queixa do tamanho do efetivo da PM e quer um batalhão exclusivo para a cidade, com o dobro da tropa atual. "O Caramujo tem infraestrutura, creches, água tratada e rede de esgoto. Tem, inclusive, o prédio de uma companhia destacada da PM que construímos. No entanto, não há uma presença efetiva da polícia naquela comunidade", afirmou.

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Apesar de o número de latrocínios ter aumentado em Niterói, outros indicadores caíram, segundo o ISP. O número de homicídios passou de 93 de janeiro a agosto do ano passado para 85. Os roubos de veículos também tiveram redução: foram 966 nos primeiros oito meses de 2015, contra 1.044 em 2014. A quantidade de assaltos a transeuntes passou de 2.745 registros para 2.338, na comparação dos oito primeiros meses de 2014 com os de 2015.

Caso de empresária

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O delegado Fábio Barucke, da Divisão de Homicídios de Niterói, informou que as investigações identificaram alguns dos autores do assassinato da empresária Regina. Segundo ele, o homicídio teria sido praticado pela quadrilha de Rodrigo da Silva Rodrigues, o Tineném, que controla o tráfico no Caramujo.

"Ele é sanguinário, um facínora, cruel. Está foragido. Tem mais de 20 anotações criminais, cinco mandados de prisão pendentes, quatro por homicídio e um por tráfico. A violência imposta pelo tráfico é muito grande", acrescentou. Segundo Barucke, dos 480 homicídios ocorridos em 2014 em Niterói, 420 estão ligados diretamente ao tráfico de drogas.

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O Disque-Denúncia oferece recompensa de mil reais a quem der informações que levem à prisão de Tineném.

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