MP investiga se 'Máfia dos táxis' de Niterói financiava campanhas eleitorais

Há suspeitas de que uma parte dos lucros era destinada para políticos de Niterói, segundo um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-RJ; os indícios surgiram após membros da cúpula do grupo criminoso foram serem flagrados em ligações telefônicas comentando sobre intenção das doações em troca de apoio político; as investigações apontam que o grupo foi responsável por 600 táxis piratas no município; o faturamento é estimado, somente com os valores das diárias, em R$ 27 milhões por ano

Há suspeitas de que uma parte dos lucros era destinada para políticos de Niterói, segundo um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-RJ; os indícios surgiram após membros da cúpula do grupo criminoso foram serem flagrados em ligações telefônicas comentando sobre intenção das doações em troca de apoio político; as investigações apontam que o grupo foi responsável por 600 táxis piratas no município; o faturamento é estimado, somente com os valores das diárias, em R$ 27 milhões por ano
Há suspeitas de que uma parte dos lucros era destinada para políticos de Niterói, segundo um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-RJ; os indícios surgiram após membros da cúpula do grupo criminoso foram serem flagrados em ligações telefônicas comentando sobre intenção das doações em troca de apoio político; as investigações apontam que o grupo foi responsável por 600 táxis piratas no município; o faturamento é estimado, somente com os valores das diárias, em R$ 27 milhões por ano (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) investiga se integrantes da organização que ficou conhecida como Máfia do Táxi financiavam campanhas políticas em Niterói, na região metropolitana. Há indícios de que uma parte dos lucros era destinada para políticos de Niterói, de acordo um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-RJ. Os indícios surgiram após membros da cúpula do grupo criminoso foram serem flagrados em ligações telefônicas comentando sobre intenção das doações em troca de apoio político. De acordo com o delegado Luiz Augusto Braga, no entanto, o grampo não seria suficiente para incriminar o grupo. A Operação Bandeira Preta resultou na prisão de 19 pessoas, até as 12h desta quinta-feira, acusadas de integrar uma quadrilha que falsificava autonomias de táxi em Niterói, onde o grupo foi responsável por 600 táxis piratas. 

O faturamento é estimado, somente com os valores das diárias, em R$ 27 milhões por ano. A fraude consistia no encaminhamento de ofícios da Secretaria Municipal de Transporte ao Detran para emplacamento na categoria aluguel, modalidade táxi, e colocação de placas vermelhas. Em um segundo momento, em vez remeter ofício ao Ipem para cadastramento no banco de dados do órgão, inspeção e aferição do taxímetro, a quadrilha promovia a instalação irregular do aparelho, falsificando também o lacre e o selo de aferição do Ipem, fugindo assim do controle do órgão.

Para participar do esquema era cobrado cerca de R$ 5 mil, além de uma mensalidade de R$ 650, para andar com o veículo adulterado sem ser incomodado pela fiscalização. Aos motoristas que desejavam alugar a autonomia, exigia-se pagamento de diária de R$ 150.

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Foram expedidos 24 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão, cumpridos em Niterói, São Gonçalo e no Rio de Janeiro. Os integrantes da quadrilha foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva, receptação, organização criminosa, falsificação de selo e de documento público e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. 

A quadrilha atuava pelo menos desde 2010, com a liderança dos servidores públicos, Alexander Soares Schroeder, conhecido como Shrek, do Setor de Transporte Individual da Secretaria Municipal de Transporte, e Roberto Carlos Brito da Costa, o Betinho.

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A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (SSINTE) e Corregedoria Geral Unificada (CGU). 

*Com informações divulgadas pelo MP-RJ

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