Pezão: homicídio de cinco jovens não foi racismo

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou que o assassinato de cinco jovens negros em um carro na zona norte do Rio, no último sábado, não envolve racismo; ele classificou de abominável o crime, pelo qual três policiais militares foram presos em flagrante. Um quarto PM foi detido por suspeita de ter ajudado o trio a alterar a cena do crime "Não envolve racismo. É erro e erro a gente combate como eu falei aqui. A gente vai combater. Não é racismo", disse o gestor

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão fala com a imprensa durante sessão de abertura da conferência internacional UrbanTec Brasil 2015 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão fala com a imprensa durante sessão de abertura da conferência internacional UrbanTec Brasil 2015 (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)


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Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta segunda-feira (30) que o assassinato de cinco jovens negros em um carro na zona norte do Rio, no último sábado, não envolve racismo.

Ele classificou de abominável o crime, pelo qual três policiais militares foram presos em flagrante. Um quarto PM foi detido por suspeita de ter ajudado o trio a alterar a cena do crime.

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"Não envolve racismo. É erro e erro a gente combate como eu falei aqui. A gente vai combater. Não é racismo", disse o governador.

Ele afirmou, também, que a Polícia Militar tem realizado acompanhamento psicológico dos policiais que mais atiram no Estado e expulsado os que cometeram crimes comprovados.

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Em um estudo divulgado este ano, a Anistia Internacional apontou que 79% das pessoas mortas por policiais militares entre 2010 e 2013 no Rio de Janeiro eram negras, 99,5%, homens, e 75% tinham entre 15 e 29 anos de idade, faixa etária em que se enquadram as cinco vítimas do crime do último sábado.

O governador defendeu punição imediata dos responsáveis, depois de garantido o direito de defesa.

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"Vamos ver o que ocorreu, mas parece que foi execução, e isso nós não vamos tolerar. Se tiver de expulsar, vamos expulsar como já expulsamos este ano", disse Pezão.

Acrescentou que esse tipo de conduta "foge ao controle" do comandante do batalhão e da Secretaria de Segurança Pública. 

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Segundo Pezão, desde o início do governo de seu antecessor, Sérgio Cabral, quando era vice-governador, mais de 900 policiais militares foram expulsos.

Em 2015, o número de PMs punidos chega a 111, disse. 

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O governador afirmou, ainda, que pediu que os órgãos estaduais deem assistência às famílias das vítimas.

"É muito dolorido, é abominável, muito triste, a gente ver quase 50 tiros em um automóvel. Isso não é trivial, não é normal. Eu pedi uma apuração muito séria, pedi que a nossa Procuradoria Geral do Estado, a Defensoria Pública e nossa Assistência Social que deem todo apoio. É o mínimo que a gente pode fazer", observou.

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O caso foi registrado na 39a Delegacia Policial (Pavuna) e também está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.

Três policiais militares são acusados de terem fuzilado Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, 16, Cleiton Correa de Souza, 18, Wilton Esteves Domingos Júnior, 20, e Wesley Castro Rodrigues, 25. 

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Além de homicídio, eles são acusados de fraude processual por suspeita de terem tentado modificar a cena do crime, ato do qual teria participado um quarto policial, que também foi preso.

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