Mulher de Cabral tinha contabilidade incompatível com capacidade financeira

Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indica que o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), movimentou R$ 69,7 milhões entre 2009 e 2016 em conta no banco Santander, uma quantia incompatível com a capacidade financeira declarada. O Ancelmo Advogados informou faturamento médio mensal de R$ 1 milhão, diz o documento; Adriana, Cabral e outros investigados na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio, estão presos desde novembro; mulher do peemedebista é sócia majoritária do escritório, com participação de 99,9%

Adriana Ancelmo e Sergio Cabral
Adriana Ancelmo e Sergio Cabral (Foto: Giuliana Miranda)


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Rio 247 - Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indica que o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), movimentou R$ 69,7 milhões entre 2009 e 2016 em conta no banco Santander, uma quantia incompatível com a capacidade financeira declarada. O Ancelmo Advogados informou faturamento médio mensal de R$ 1 milhão, diz o documento.Adriana, Cabral e outros investigados na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio, estão presos desde novembro. A mulher do peemedebista é sócia majoritária do escritório, com participação de 99,9%.

As informações são de reportagem de Mariana Sallowicz no Estado de S.Paulo. 

"De acordo com o documento, foram feitas movimentações relevantes entre janeiro de 2013 e novembro de 2016, num total de R$ 54,2 milhões. A maior parte entrou na conta por meio de Transferência Eletrônica Disponível (TED), que somaram R$ 36,9 milhões. As saídas totalizaram R$ 53,1 milhões, tendo Adriana como uma das principais favorecidas.

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O relatório cita documento do Ministério Público Federal e relata que a força-tarefa dos procuradores da República descreve a atuação da mulher de Cabral. A advogada é suspeita de ocultar ganhos ilícitos decorrentes de atividade criminosa do ex-governador. Cabral é acusado de chefiar uma organização criminosa, que teria praticado corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o Coaf, a força-tarefa relata “crescimento vertiginoso” do escritório durante os dois mandatos de Cabral, entre 2007 e 2014. O Ancelmo Advogados teria recebido R$ 35,8 milhões de dez empresas.

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O documento traz ainda informações sobre operações financeiras relacionadas a Cabral e a Adriana. No caso do ex-governador do Rio, constam 44 comunicações no segmento de joias, pedras e metais preciosos no período de 10 de junho de 2000 a 3 de dezembro do ano passado, num total de R$ 5,56 milhões. Elas foram feitas pelas joalherias Antonio Bernardo e H. Stern."

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